“Não conheço ramo de atividade que não tenha praticantes do mal”, diz Abílio

O governador de Alagoas, Luís Abílio (PDT), declarou à imprensa que concorda com o presidente do Tribunal de Justiça, Estácio Gama, quando este afirma que pode haver ligações de políticos e até do Judiciário no crime
organizado. “Não conheço ramo da atividade que não tenha bandidos. Em todo lugar há pessoas do bem e pessoas do mal. É algo normal. Agora precisamos agir com cuidado para não generalizar. É preciso trabalhar para se chegar a nomes”, declarou.

Abílio disse, ainda, que tem dado prioridade à questão da segurança pública em Alagoas. “Hoje, a segurança é uma questão global. Não pode estar focada em um único órgão. Ela é tarefa de todas as forças que compõem o Estado, inclusive do próprio cidadão. Temos que estudar seus fatores e um deles é social. Estamos lutando para combater a violência e a luta é efetiva e ostensiva”, destacou o governador.

O governador falou ainda da autonomia do Ministério Público (MP) nas investigações e apoiou a iniciativa do Judiciário com a criação do Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO), que visa agilizar os processos criminais. “Existe o crime organizado e existe a criminalidade que pode ser atenuada com a democratização de oportunidades, que é o que o Governo Lessa vem fazendo e que vamos dar continuidade”.

Quanto ao envolvimento de políticos em crimes, o procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, destacou que o MP vem trabalhando na obtenção de provas e que está preparado para agir, por não sofrer interferências ou ingerências políticas, “mas que provas são sempre difíceis de conseguir. No entanto, somos um órgão isento que tem cumprido sua função dentro da sociedade”.

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