Marcha dos trabalhadores rurais deixa Maceió

Elaine RodriguesTrabalhadores rurais na sede da Ceal

Trabalhadores rurais na sede da Ceal

Cerca de 5 mil trabalhadores rurais dos quatro movimentos sem-terra estão, neste momento, na sede da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) onde aguardam o almoço para seguir a Marcha pela Vida.

Os trabalhadores rurais vieram para Maceió protestar no dia em que o massacre de Eldorado dos Carajás completou dez anos. Depois de reuniões com o Governo e a Companhia Energética de Alagoas, eles seguem para as proximidades do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), onde irão dormir.

Participam da marcha o Movimento Sem Terra (MST), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e Comissão Pastoral da Terra.

Amanhã, eles seguirão até Pilar e devem chegar em Atalaia na quinta-feira, para fazer atos de protesto ao assassinato do agricultor rural, Joelson Melquíades, ocorrido em novembro do ano passado.

A marcha deveria ter seguido no meio desta tarde, mas os trabalhadores aguardam o almoço que será cedido pela companhia. Segundo informações da Ceal, o atraso é devido a grande quantidade de comida a ser comprada e a compra teve que ser feita em dois supermercados.

Reuniões

Ontem à tarde os agricultores rurais foram recebidos pelo governador Luis Abílio, que prometeu iniciar a distribuição de sementes para os assentamentos na próxima semana.

Hoje, antes de iniciar a marcha, os representantes dos movimentos foram recebidos pelo superintendente da Ceal, Joaquim Brito, que também ouviu as reivindicações dos trabalhadores.

Para José Roberto, coordenador do MST, uma das maiores queixas dos movimentos é o problema de regularização da rede elétrica dos assentamentos. "Cerca de dez enfrentam problemas como a necessidade da rede bifásica e o pagamento de taxas de iluminação pública onde não há rede elétrica. Por isso, uma comissão vai mapear as áreas com problemas no interior para resolver isso", explicou.

A comissão vai atuar daqui a 15 dias e se reunirá mensalmente com os representantes dos movimentos agrários.

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