Um time em crise, com técnico interino e jogando contra o retrospecto, diante do atual campeão da Copa Libertadores, utilizando sua força máxima na competição que mais empolga sua torcida. A disparidade entre Palmeiras e São Paulo exposta fora das quatro linhas "perdeu" sua força no clássico desta quarta-feira, no Parque Antarctica, com o empate por 1 a 1, válido pelo jogo de ida das oitavas-de-final da Libertadores.
Envoltas pelo clima de rivalidade característico de um dos maiores clássicos do país, com direito a lamentáveis confusões entre torcidas antes de a bola rolar, as duas equipes fizeram um jogo rápido e ríspido, valorizando ainda mais a disputa por uma vaga na próxima fase do campeonato internacional.
Em melhores condições e desfrutando de clima tranqüilo antes da partida, o São Paulo viu o arqui-rival se igualar principalmente na base da superação. Sem Emerson Leão, demitido após goleada sofrida para o Figueirense no último fim de semana, o Palmeiras recorreu ao interino Marcelo Vilar e não se arrependeu.
O resultado, além de dar maior calma nos próximos dias ao time alviverde, ainda ameniza a ampla vantagem que o São Paulo ostenta na história do clássico em mata-matas. Agora, em um total de 11 confrontos eliminatórios entre os rivais, o clube do Morumbi segue com nove vitórias, diante de uma derrota e o empate desta noite.
A decisão de quem leva a vaga nas quartas-de-final acontecerá na próxima quarta-feira, dia 3 de maio, no Morumbi. Antes de repetirem o clássico, porém, os dois times entram em campo pelo Campeonato Brasileiro. O São Paulo, às 18h10 de sábado, recebe o Santa Cruz na capital paulista. O Palmeiras, no dia seguinte, encara o arqui-rival Santos no Parque Antarctica, às 16h.
