Educação tecnológica forma profissionais para indústria do café e da cachaça

O Brasil possui atualmente cerca de 3,6 mil cursos superiores de tecnologia, que capacitam jovens e adultos em áreas carentes de mão de obra especializada, como turismo, construção civil, informática e agropecuária. Os cursos atendem às exigências do mercado do trabalho e formam tecnólogos, em média, em três anos. Dois bons exemplos são a Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Salinas, em Minas Gerais, que oferta o curso superior de Tecnologia em Produção de Cachaça de Alambique, e a EAF de Colatina, no Espírito Santo, formadora de profissionais do setor cafeeiro.

O curso de Salinas, iniciado no segundo semestre do ano passado, oferece 30 vagas por semestre, com turmas de manhã e à tarde. "Além da parte básica, com aulas de química e física, os alunos aprendem sobre a cultura da cana-de-açúcar, o processo de fermentação e destilação, de modo a atuar em qualquer parte da cadeia produtiva, até mesmo na área de comercialização e marketing", disse Oscar William Fernandes, coordenador do curso. Condições especiais de solo e clima ajudam Salinas a se destacar na produção do destilado. Há 48 fabricantes na cidade. Eles geram cerca de 1,1 mil empregos diretos e indiretos.

Café

Produzido em 1,7 mil municípios, o café garante sete milhões de empregos em todo o país. Em Colatina, os estudantes aprendem técnicas de poda, colheita e secagem, de zootecnia, fruticultura, agroindústria e gestão empresarial. Cerca de cem alunos formados a cada três anos passam a trabalhar basicamente no Espírito Santo, na Bahia e em Minas Gerais.

O conhecimento adquirido contribui para o desenvolvimento tecnológico brasileiro e oferece uma alternativa de inserção profissional, além de impulsionar o desenvolvimento das economias regionais. Com o objetivo de orientar alunos e professores sobre esta modalidade de ensino, o Ministério da Educação lançou este mês o Catálogo Nacional de Cursos Superiores em Tecnologia.

A publicação do catálogo visa estabelecer um referencial conceitual que valorize a educação superior tecnológica e oriente os estudantes em suas escolhas profissionais. Desde a última sexta-feira, dia 12, a versão preliminar está disponível na página eletrônica do MEC para esclarecimentos e consulta pública, que se estenderá por 30 dias. As instituições podem apresentar sugestões de cursos que não constem do documento. A versão final deve ficar pronta em agosto.

Fonte: Mec

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