Invasão de terreno pode ter influência política, diz Gerenciamento de Crises

Cerca de duas semanas após a invasão que resultou num conflito com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) que deixou diversas pessoas feridas, as cerca 200 famílias voltaram a invadir o local e já começam a dividir os lotes para a construção das casas. Para os invasores a insistência em permanecer no local não é uma forma de enfretamento ao Governo do Estado, mas uma medida de emergência, já que centenas de famílias não possuem nenhum tipo de moradia.

As famílias voltaram a ocupar o terreno no último sábado, e hoje, mesmo sem terem conseguido a audiência com o Governador, como estava programado, decidiram dividir os lotes para começar as construções. No sábado, policiais do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar estiveram no terreno para conversar com os invasores e orientaram as famílias para que não iniciassem a construção das casas, porque uma ordem judicial pode retirá-los do local a qualquer momento.

Hoje, o Cel. Adilson Bispo, coordenador do Centro de Gerenciamento de Crises afirmou que desconfia que haja influência política por trás das famílias. Ele conta que ao chegar no terreno observou que havia diversos carros no local e que as famílias não pareciam tão carentes, como diziam. “Nenhuma família carente pode manter um carro no estado daqueles observados no local. Pode existir algum tipo de influência política por trás dessa invasão, que ainda não sabemos”, afirmou o Bispo.

Famílias residentes próximas ao terreno invadido, confirmam que os invasores não são tão carentes, mas aproveitadores e afirmam que muitos ali já possuem moradias em outros lugares, mas estão no local a fim de conseguir outra propriedade. O cel. Adilson afirma que ainda não recebeu nenhuma ordem judicial para reintegração de posses, mas lembre que já avisou que quando tiver com a ordem nas mãos vai fazer cumprir.

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