O secretário do PPS, Anivaldo Miranda, reafirmou que não está descartada a possibilidade do seu partido sair com candidaturas próprias ao Senado e ao Governo de Alagoas. Segundo ele, as experiências de coligação majoritária que o partido fez nos últimos anos, a última delas em apoio à eleição de Cícero Almeida (PTB) à Prefeitura de Maceió, foram negativas porque os aliados, invariavelmente, deixaram de cumprir os compromissos programáticos e políticos assumidos.
Dadas essas experiências, o PPS só apoiará candidatura de outro partido se tiver influência efetiva na formação do governo possivelmente eleito e na condução de sua política. “Chega – disse ele – de alianças episódicas nas quais o PPS tem servido apenas de escada para ajudar a eleição de oportunistas que não são capazes de honrar seus compromissos”. “A população – declarou Anivaldo – precisa saber de forma transparente como e com quem os candidatos a governador pretendem administrar o Estado, porque as responsabilidades políticas de cada partido precisam estar muito bem definidas de antemão.”
Segundo Anivaldo, a prioridade do PPS nas próximas eleições estará centrada no esforço para ultrapassar a cláusula de barreira no Congresso Nacional. “Por isso – esclareceu ele – a coligação proporcional para deputado federal passa a ser o foco principal das nossas articulações, mas isso não quer dizer que essa prioridade seja a única no contexto das decisões que iremos tomar na convenção que o PPS fará no próximo dia 30 de junho.”
A respeito dessas articulações Anivaldo confirmou que o presidente do regional do partido, Regis Cavalcante, está encarregado pela Executiva Estadual de conversar com todas as forças políticas, inclusive com o PSDB alagoano, cujo candidato a presidente, Geraldo Alckmin, teve sua candidatura recomendada pela Convenção Nacional que o PPS realizou no último dia 19, no Rio de Janeiro.
“O PPS – finalizou Anivaldo, que é também pré–candidato a deputado estadual – vai apresentar para a sociedade pontos programáticos dos quais não abre mão, destacando-se, dentre eles, o aprofundamento da questão democrática, a distribuição de renda, uma nova gestão para o meio ambiente e um novo modelo de administração pública e desenvolvimento da economia.”
