O resultado sobre a proposta de compra da Varig pela subsidiária VarigLog deve sair amanhã. Um edital de concorrência foi elaborado pela administração judicial da empresa, pela consultoria Deloitte e a empresa de transportes aéreos. Mesmo assim, o Ministério Público acenou positivamente para a VarigLog.
A subsidiária da companhia aérea se comprometeu a manter o programa de milhagens Smiles e declarou que vai honrar com os que já foi acumulado.
A VarigLog também afirmou que vai pagar as dívidas da Varig, como o fundo de pensão de seus funcionários, e depositou US$ 7 milhões para pagar as despesas emergenciais da companhia. Ainda há um montante de US$ 13 milhões reservados para manter a empresa até o dia do novo leilão, que pode acontecer no dia 11 deste mês.
Na última semana, a Varig voltou a recolher as tarifas de embarque dos passageiros para a Infraero, um montante de R$ 525 mil referentes aos vôos do final de semana e de amanhã. Os repasses não eram feitos desde o mês de abril e já acumulam R$ 32 milhões. Para não deixar de operar nos próximos dias, a empresa terá que continuar recolhendo a taxa de embarque diariamente de seus passageiros. Antes do calote, a aviação pagava apenas a cada 15 dias.
Em média, a Varig está deixando de fazer entre 100 e 120 vôos por dia. A estatal e a empresa acertaram essa semana que o pagamento das tarifas de embarque teria que ser feito antecipadamente a partir de sexta-feira, mas a Infraero facilitou a negociação propondo que o equivalente a 30% fosse pago antecipado.
Segundo as estatísticas dos aeroportos, a Varig cancelou desde sexta-feira cerca de 65% dos vôos que estavam programados, mantendo a média dos últimos dez dias. Antes do agravamento da crise, que levou a companhia a reter as tarifas pagas pelos passageiros, a Varig já estava devendo à Infraero em torno de R$ 600 milhões em tarifas aeroportuárias nos últimos três anos.
