O telefone fixo pré-pago da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), chamado de Acesso Individual Classe Especial (Aice), que começou a ser vendido no último sábado (1) deste mês nas cidades com mais de 500 mil habitantes só é indicado para quem fala pouco.
No sistema não há franquia de minutos incluída na assinatura, portanto cada ligação será tarifada. Segundo Wedna Miranda, Superintendente do Procon, “é necessário que o consumidor que for comprar este tipo de linha fique atento às desvantagens que ele oferece. O telefone popular é vantajoso apenas para quem costuma fazer em média apenas duas ligações por dia com cerca de um minuto cada”.
O sistema terá assinatura 40% mais barata que os dos planos convencionais, e será vendido apenas aos consumidores residenciais que não possuem outra linha telefônica em casa.
Mas apesar da assinatura ser mais barata que a convencional, ela traz algumas desvantagens para o usuário, pois nela não haverá desconto nas chamadas em horários de tarifação reduzida (madrugadas, finais de semana e feriados); o consumidor não poderá receber chamadas a cobrar e, para fazê-las, será necessário que tenha créditos e pagará adicional para cada chamada completada, correspondente a 2 minutos.
No final, o telefone popular acabará não cumprindo com o fim a que se destina, que é o de baratear o serviço e permitir à população, hoje sem linha fixa, acesso ao serviço básico e essencial de telefonia.
