Europa alerta sobre bronzeamento artificial

A Comissão Européia divulgou um relatório nesta semana alertando para os perigos do bronzeamento artificial, especialmente para os jovens e aqueles que têm pele sensível.

O comissário de Saúde Pública da Comissão Européia, Markos Kyprianou, disse que é preciso agir rapidamente para disseminar informações sobre o assunto.

"Estou preocupado que o uso indiscriminado do bronzeamento artificial para fins cosméticos possa levar a um aumento na incidência de câncer de pele", disse ele.

De acordo com Kyprianou, a União Européia vai estudar uma mudança na lei para limitar o poder de radiação dos equipamentos e fazer com que os fabricantes coloquem avisos mais claros para os usuários.

A entidade também vai pedir às associações de consumo e aos Estados que integram a União Européia que informem a população sobre o aumento do risco de câncer de pele com o uso dos equipamentos de raios ultravioleta.

Perigo para os jovens

O relatório da Comissão informa: "Equipamentos para bronzeamento não eram usados amplamente antes dos anos 90. Os efeitos finais de seu uso ainda não são conhecidos".

Segundo o relatório, "ainda levará vários anos para que a relação entre o bronzeamento artificial e o câncer de pele seja plenamente conhecida", mas o texto afirma que, de acordo com as informações disponíveis até o momento, o uso de equipamentos que emitem raios ultravioleta aumenta as chances de se ter melanoma, um dos tipos de câncer de pele mais sérios.

O risco é ainda maior para os menores de 18 anos, pessoas com pele sensível ao sol ou quem tem um histórico da doença na família.

Brasil

Em 2005, quase 35 mil pessoas tiveram câncer de pele no Brasil, segundo números da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A SBD não recomenda o uso de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos.

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de 2003 definiu as regras para os estabelecimentos que oferecem esses serviços e proibiu o uso do equipamento por adolescentes com menos de 16 anos, além de definir que qualquer um entre 16 e 18 anos deve apresentar permissão escrita de um responsável para fazer bronzeamento artificial.

O uso de propaganda para induzir ou estimular a prática também foi proibido, ficando limitado a informar a finalidade da técnica.

Fonte: BBC

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