Delegado ouve amanhã depoimentos do assassinato em Flexeiras

O delegado João Pessoa Vaz intimou pessoalmente, nesta manhã, testemunhas do assassinato do barbeiro evangélico Adilson Jacinto da Silva, 37. Ele foi assassinado na última quinta-feira, no próprio local de trabalho, em Flexeiras, e o crime é suspeito de ter motivação política.

De acordo com o agente de polícia Walfran, da Delegacia de Flexeiras, o delegado intimou quase dez pessoas, entre familiares, funcionários da barbearia e a principal testemunha do crime. “É um rapaz conhecido por Nildo, que estava cortando o cabelo, quando Adilson foi assassinato”, revelou, acrescentando ainda que também foram intimados a irmã e cunhada da vítima.

Os depoimentos estão marcados para amanhã de manhã e o inquérito é de responsabilidade do delegado João Pessoa.

Crime

Segundo testemunhas, por volta das 20h do dia 20, três homens pararam um Gol escuro na porta do Salão Real, de propriedade do barbeiro Adilson da Silva. Um deles desceu e efetuou vários disparos contra Adilson. Ao perceber a iniciativa do assassino, Adilson ainda chegou a correr, mas foi atingido com três tiros de pistola – na cabeça, peito e barriga – e morreu a poucos metros do salão.

Clientes, amigos e parentes disseram que Adilson era um homem calmo, sem inimigos e muito bem relacionado na cidade. O comentário das pessoas que presenciaram a cena e outras que chegaram logo após a execução é de que o crime deve ter sido por causa de política. “Ele era evangélico, um homem bom e nunca teve problema com ninguém. Só que ultimamente andava magoado com uns políticos aí e resolveu apoiar outros. Ele só pode ter morrido por causa da política”, disse um amigo que preferiu não revelar o nome.

Há alguns dias a vítima havia fechado acordo para apoiar os deputados Dudu Albuquerque (PSB) e Francisco Tenório (PPS), que concorrem à Assembléia Legislativa e Câmara Federal. Segundo o policial Filipe, da Delegacia de Flexeiras, outro homem, conhecido por Luciano, também foi assassinado neste ano e apoiava o mesmo grupo político que o barbeiro. “Eles faziam oposição à prefeitura”, resumiu.

No dia do crime, o delegado João Pessoa Vaz disse que ainda era cedo para falar de suspeitas, mas diante dos comentários de pessoas ligadas à vítima, qualquer informação pode levar à elucidação do crime.

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