O deputado Francisco Tenório (PMN), presidente em exercício da Assembléia Legislativa (ALE), faz um alerta à Justiça Eleitoral com relação à segurança no município de Flexeiras.
De acordo com o parlamentar a população vive um clima de tensão e a presença do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Fernando Tourinho, na cidade, foi importante mas é necessário uma maior atenção, tanto do TRE, quanto da própria polícia, para evitar o derramamento de sangue durante o período eleitoral. Na opinião do parlamentar “a simples visita do Tribunal à cidade em nada irá alterar o clima de medo na cidade se não haver o monitoramento da situação”.
Apelo
Francisco Tenório faz um apelo e diz que o TRE tem a obrigação de pedir, imediatamente, o reforço na segurança da cidade para garantir a tranqüilidade do pleito. “Se não fizer isso, o Tribunal não estará fazendo nada. Em Flexeiras, a população está com medo, principalmente, da prefeita Arlene Cavalcante (PMDB)”, diz o deputado.
Como sugestão Francisco Tenório sugeriu que o TRE faça um levantamento da situação geral da cidade. “É necessário ouvir os depoimentos de juízes, promotores, policiais e a população para que o Tribunal tenha conhecimento da real situação da cidade”, acrescenta.
Justificativa
A preocupação do parlamentar com a segurança da população e a tranqüilidade dos cabos eleitorais, que segundo Tenório estão com medo, ficou pior depois que foram registrados dois assassinatos que, de acordo com o deputado, eram opositores da prefeita.
“Em fevereiro, foi assassinado um rapaz, conhecido apenas por Luciano, que organizou o Carnaval na cidade contra a vontade da prefeita. No dia 20 do mês passado, foi morto Adilson Jacinto da Silva, outro opositor da prefeita”, questiona.
Por este motivo, o deputado Francisco Tenório considera que a situação na cidade é diferente de todas as outras do Estado. “Porque existe, em Flexeiras, um grupo de extermínio atuando em nome da prefeita”, afirmou o parlamentar.
No mês passado, Tenório e o deputado Dudu Albuquerque (PSB) estiveram reunidos com o diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, para pedir empenho no trabalho de esclarecimento das duas mortes. O delegado João Pessoa Vaz foi designado para apurar as mortes na cidade. Ele já ouviu algumas testemunhas e está prestes a decretar a prisão de alguns dos suspeitos de participar dos crimes.
