Acadêmicos ameaçam parar atendimento no HPS

Os problemas relacionados ao atendimento de pacientes na Unidade de Emergência Armando Lages podem ficar piores a partir da próxima semana, quando os acadêmicos de Medicina e Odontologia ameaçam parar as atividades durante os plantões noturnos.

Atualmente, o hospital passa por mudanças e reformas por causa da fusão com o Hospital José Carneiro e por isso os estudantes tiveram redução de espaço no alojamento. “Foram retiradas todas as camas e agora estamos em um quarto minúsculo, onde não há camas para todos dormirem nos plantões”, disse uma acadêmica, que não quis se identificar.

Nesta tarde, o grupo procurou a direção do hospital para pedir que fossem tomadas providências, mas o diretor Tadeu Muritiba está viajando. “Nós não queremos alarmar a população, mas precisamos de melhores condições de trabalho. Vamos dar um jeito de dormir nesses dias e na segunda-feira teremos uma reunião com os estudantes. Caso a direção não resolva a situação até lá, nós vamos parar as atividades e o atendimento vai ficar mais lento”, alertou a estudante.

O grupo é formado por quase cem estudantes, que são responsáveis por todo o atendimento realizado na Unidade de Emergência, como triagem de pacientes, suturas e ajuda durante as cirurgias.

De acordo com a assessoria do hospital, o diretor do Centro Administrativo, Fernando Nunes, reconheceu que houve redução do número de acomodações porque equipes da Vigilância Sanitária do Hospital José Carneiro se instalaram no prédio, mas que essas mudanças são provisórias.

A assessoria disse ainda que as reformas gerais realizadas, no hospital para que seja feita a fusão, devem terminar em dezembro. Com a reforma, a direção espera acabar com problemas de superlotação, já que passará de 149 leitos para 410 e de 17 leitos para 50, na UTI. O projeto também prevê a criação de duas portas de entrada no hospital: uma para doentes graves e outra rampa para emergências.

Superlotação

No último domingo, o Alagoas 24 Horas registrou a superlotação na Unidade de Emergência Armando Lages. O número de ocorrências provocou congestionamento de viaturas do Samu e Bombeiros, na porta do hospital.

Uma das funcionárias disse que o volume de pessoas e a falta de leitos para atender a demanda são problemas enfrentados por médicos e pacientes.

“O paciente chega aqui e fica no corredor, em cima de uma maca, num calor infernal. Tem gente que morre à espera de socorro. Não é uma crítica, é um pedido de ajuda”, disse a funcionária, que pediu para não ser identificada.

O problema também afetou equipes do Samu e dos Bombeiros, que estavam paradas, à espera das macas. “Tem viatura aqui que está aguardando há mais de duas horas. É que não tem leito e os feridos estão esperando em cima da maca”, disse um bombeiro.

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