INSS pode ter três dias de greve na próxima semana

Paralisações temporárias de médicos peritos e atendentes do INSS devem prejudicar durante três dias o atendimento nas agências da Previdência Social na semana que vem.

Pelo calendário dos peritos, o governo tem até segunda-feira para atender às reivindicações. Caso contrário, a categoria cruza os braços na terça e na quarta, em todo o país.

Os servidores administrativos, que incluem os atendentes e demais funcionários do INSS, paralisam as atividades na quinta. A greve, de um dia, atinge apenas o Estado.

Ambas as categorias planejam cruzar os braços de novo a partir do dia 20. No caso dos peritos, por tempo indeterminado. Os demais servidores, apenas até o dia 21.

Nas paralisações dos médicos, apenas a perícia médica é suspensa. Assim, quem tem exame marcado para terça ou quarta da semana que vem deve ter o atendimento remarcado para nova data, caso a greve se confirme.

As perícias marcadas para quinta, porém, não devem ser prejudicadas. Isso porque, durante as greves dos atendentes, os exames já agendados normalmente são realizados. Fica na mão quem pretendia dar entrada em outros benefícios, como aposentadoria por tempo de contribuição ou salário-maternidade.

Na terça-feira passada, quando os atendentes pararam pelo menos 35 agências no Estado, o INSS informou que os serviços agendados para aquela data e que não foram realizados seriam remarcados. O instituto informou que faria os comunicados por meio de carta, telefone e nos próprios postos.

As pautas de reivindicações das duas categorias tratam, em comum, da gratificação por desempenho. Enquanto os médicos querem mudanças nesse pagamento, os atendentes e demais servidores são contra essa forma de bonificação. As duas categorias também requerem melhores condições de trabalho.

Os médicos peritos querem que, a partir de segunda, os resultados de pedidos de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez sejam entregues por carta na casa do segurado. "Ontem [anteontem], fomos informados pelo governo de que isso só seria possível a partir de 15 de outubro", disse Luiz Carlos de Teive e Argolo, vice-presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos).

Os atendentes, por sua vez, exigem o cumprimento de acordos firmados nas paralisações do ano passado, inclusive com a definição de um plano de carreira.

Fonte: Folha Online

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