Festas de dezembro

Quando eu era criança gostava das festas de Natal e Ano-Novo e as outras de fim de ano. Não que lá em casa tivesse grandes eventos comemorativos, mas nossa casa se enchia de gente. Amigos dos meus pais e parentes que vinham de fora para passar as festas em União dos Palmares, minhas primas de Maceió e do Rio de Janeiro sempre iam para lá e aquilo era a grande festa para nós.

Natal para mim não teve o significado que tem para as outras pessoas, com árvore gigantesca e ceias de Natal. O máximo que tínhamos era a família unida em torno da mesa, na hora do almoço. Também íamos à igreja para as missas de Natal e de Ano-Novo, porque nossos pais obrigavam. O resto do tempo passávamos com os amigos nas festas das casas deles, ou na pracinha, conversando e ouvindo nossas músicas preferidas.

Outra lembrança que tenho do Natal era porque sempre tínhamos roupa e sapatos novos ou então que costumávamos fazer doações daquilo que estava sobrando para nós para os mais pobres, como roupas, sapatos ou algumas das minhas bonecas. Hoje em dia o Natal para mim é uma data muito triste. Já não tenho meus queridos avós, meus pais e muitos amigos queridos também já estão em outro plano. Sinto-me só e angustiada lembrando dos que já se foram e dos bons tempos vividos.

Mas poucas datas comemorativas possuem simbologia tão rica quanto o Natal. Da árvore ao peru da ceia, para muitas famílias, tudo faz parte de tradições históricas – em alguns casos, com mais de 2.000 anos. O resultado é uma festa que envolve não apenas a liturgia cristã, mas a soma de diversas crenças populares.

Segundo reportagem na revista Época, a figura do Papai Noel reflete bem essa mistura. De certa forma, ele existiu. O bispo Nicolau nasceu por volta do século III, na região conhecida hoje como Turquia, e era famoso por sua paixão pelas crianças. Rico, costumava distribuir presentes, inclusive jogando-os pela janela.

Em pouco tempo, a história do velhinho e sua extrema bondade espalhou-se também pela Grécia e pela Itália. Alguns afirmavam que Nicolau operava milagres, mesmo após sua morte. Foi então que a Igreja Católica decidiu torná-lo santo e sugeriu que o dia de São Nicolau fosse comemorado junto com o nascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro.

De bispo bondoso, Nicolau passou por uma verdadeira metamorfose. Em 1809, o escritor Washington Irving popularizou a história de São Nicolau nos Estados Unidos, descrevendo Santa Claus (seu apelido em inglês) como um duende gorducho que aparecia nas noites de Natal e distribuía presentes montado num cavalo voador.

O surrealismo da história não impediu que essa imagem fosse gravada no imaginário popular. Mas foi apenas em 1931 que Santa Claus ganhou a famosa vestimenta vermelha e branca, graças à Coca-Cola. O que era apenas para ser uma campanha publicitária para aquele ano acabou ganhando o mundo.

Mas Jesus Cristo, o grande homenageado do Natal, parece que está sendo esquecido, diante de tanta propaganda, tanto comércio e tanto interesses que não são os religiosos. Portanto, seria bom que todos nós nos voltássemos mais para o que significa a data para os cristãos.

Vamos doar um pouco de cada um de nós para aqueles que não têm nada ou quase nada, vamos dar um pouco de amor a quem precisa, para que esta data volte a ter o significado real do nascimento do menino Deus.

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