Maceió sai da zona de risco e já pode tratar lixo hospitalar

A capital alagoana é a penúltima do Nordeste a atender a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que define normas mínimas para tratamento dos Resíduos Sólidos de Saúde (RSS) e recomenda a incineração, o autoclave ou o sistema de microondas. Em Alagoas apenas Arapiraca já começou a tratar o lixo hospitalar por exigência do Ministério Público Estadual (MPE).

O Estado produz uma média de 13,53 toneladas por dia, mas apenas parte dos RSS da rede privada tem tratamento na unidade industrial da Cinal, em valas sépticas, um procedimento não mais recomendado pela legislação em vigor, a resolução 358 de 29 de abril de 2005 do Conama.

Nos demais municípios a situação é grave porque o lixo hospitalar é misturado ao lixo residencial e não têm destino adequado. A maioria é jogada a céu aberto.Todas cidades têm que adotar a resolução mesmo que não tenham leis específicas.

O estado começa a sair da zona de risco com o início da operação da Serquip, empresa licenciada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente-Cepram – de acordo com os padrões exigidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. A empresa é certificada com a ISO 9001 e 14001 e já atua em 10 cidades brasileiras.

Potencial

Resíduos de Serviço de Saúde são todos aqueles resultantes de atividades exercidas em hospitais, postos de saúde, clínicas de saúde, radiológicas, odontológicas, veterinárias, ambulatórios, maternidades, farmácias, laboratórios, centros de zoonoses e até prestadores de serviço de tatuagem.

Eles se dividem em grupos que apresentam risco potencial à saúde humana e ao meio ambiente devido a presença de agentes biológicos, como sangue e hemoderivados,e agentes químicos. Segundo as normas sanitárias, o lixo hospitalar deve ser rigorosamente separado e cada classe deve ter um tipo de coleta e destinação.

A fiscalização que aconteceria nesta quarta-feira, com a presença dos técnicos do Meio Ambiente, representantes de moradores e da Câmara Municipal de Maceió foi adiada.

Eles iriam conhecer o funcionamento do incinerador da Serquip, um equipamento de alta tecnologia que promove a destruição de resíduos de forma segura,econômica e ambientalmente correta a temperaturas que variam de 850 a 1200 graus centígrados.

A incineração é um processo de redução de peso e volume dos resíduos através da combustão controlada. Todo o processo é monitorado por sensores e sistemas computadorizados.

Os principais procedimentos operacionais adotados na execução dos serviços de coleta, transporte, incineração e destinação final dos resíduos sólidos dos serviços de saúde seguem padrões internacionais. Os resíduos são acondicionados em bombonas, confeccionadas em polietileno de alta densidade, revestida com saco plástico. As bombonas tem capacidade de armazenamento de 200, 50 e 20 litros, conforme a produção diária de resíduos.

Após a utilização e a remoção do seu conteúdo, as bombonas são higienizadas com produtos bactericidas e novamente encaminhadas as unidades de saúde.Os líquidos provenientes da lavagem das bombonas e da limpeza dos incineradores são estocados em reservatório específico e posteriormente bombeados para o interior do incinerador.Os gases
resultantes da combustão são destruídos e não oferecem qualquer tipo de perigo à população.

Com tecnologia de ponta e serviço de alta qualidade, a Serquip mantém ,em todas as etapas de trabalho ,cuidados que seguem normas internacionais Um circuito interno de tv confirma o que os sensores registram ao longo do processo.

A operação transforma 100 quilos de resíduos hospitalares em apenas 3 quilos de cinzas e o que trazia perigo vira o equivalente aos resíduos domésticos.Após audiências públicas e a licença ambiental , a Serquip vai ser a principal aliada do município no combate ao recolhimento inadequado dos RSS. Segundo o superintendente da limpeza pública, João Vilela, por lei o lixão não pode receber esses resíduos, mas recebe.

Os geradores criam artifícios e maqueiam o lixo para driblar a fiscalização o que provoca riscos ao meio ambiente. Em todo o Brasil as cidades estão correndo para atender a resolução do Conama que prevê multas e penas como o bloqueio de repasses federais.

Fonte: Assessoria.

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