Campanha de Renan à reeleição ganha a adesão de mais um peemedebista

Renan ganha a adesão de mais um senador
Renan ganha a adesão de mais um senador

A disputa nos bastidores pela presidência do Senado Federal promete se acirrar nos próximos meses, mesmo com os parlamentares em recesso até o final de janeiro. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conseguiu mais um apoio para a sua tentativa de reeleição, com a decisão do senador Leomar Quintanilha (TO) de deixar o PCdoB e ingressar no PMDB.

Com a mudança de Quintanilha, o PMDB terá na próxima legislatura 21 senadores contra 17 do PFL –que logo após as eleições de outubro reunia a maior bancada eleita na Casa Legislativa.

O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), lançou sua candidatura com o argumento de que o partido poderia pleitear a presidência da Casa uma vez que conseguiu eleger o maior número de senadores.

Além de Quintanilha, a senadora Roseana Sarney (sem partido-MA) formalizou a saída do PFL e reduziu os quadros do partido no Senado.

A estratégia de Agripino é buscar apoio de partidos "nanicos" que, na próxima legislatura, terão diversos representantes na Casa –além de esperar a adesão integral do PSDB, aliado nas eleições de outubro à presidência da República.

O que pesa contra Agripino, no entanto, é a possibilidade do apoio integral da base aliada do governo à candidatura de Renan caso o PMDB decida abrir mão de disputar a presidência da Câmara. Nos bastidores, lideranças peemedebistas reconhecem que o partido pode formalizar o apoio à candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara caso os aliados também avalizem o nome de Renan no Senado.

O PMDB decidiu lançar candidato próprio à presidência da Câmara, mas ainda não escolheu o nome para a disputa –o que reforça as especulações de que o partido vai esperar as movimentações no Senado antes de decidir que rumo tomará na disputa.

Câmara

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já anunciou que vai dialogar com Chinaglia e com o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) em busca de um consenso dentro da base aliada na disputa pela presidência da Câmara. A ameaça do "racha" na base logo no início do segundo mandato presidencial fez o Palácio do Planalto decidir intervir na disputa.

Nos próximos dias, Lula pretende conversar separadamente com os dois candidatos em busca de um consenso. Aldo já afirmou que pretende se lançar candidato se o seu nome for de consenso na Casa, enquanto o PT disse que merece indicar Chinaglia por ser a segunda maior bancada eleita na Câmara.

O presidente também quer evitar um terceiro nome da base aliada na disputa, caso o PMDB decida lançar candidato. Lula vai aproveitar o início do ano para intensificar as conversas com o PT, PMDB e o PC do B na tentativa de evitar a vitória da oposição ou do chamado baixo clero na disputa –como aconteceu em 2005, quando Severino Cavalcati (PP-PE) ganhou a disputa contra o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP).

Folha Online

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