Toinho Batista toma posse e é afastado logo em seguida

Uma nova denúncia afastou o prefeito do cargo.

JG Notícias/CortesiaMesa diretora disse ter cumprido determinação da justiça, mas um novo pedido de afastamento foi aprovado pela maioria.

Mesa diretora disse ter cumprido determinação da justiça, mas um novo pedido de afastamento foi aprovado pela maioria.

A ordem judicial que determinava a volta do prefeito de Joaquim Gomes, Antônio Araújo Barros, o Toinho Batista (PSDB) ao cargo foi cumprida na tarde desta quarta-feira (25). A ‘posse’ se deu na Câmara de Vereadores da cidade, a Casa Luiz Aguiar Pessoa. Mas o tempo no cargo durou menos que o esperado. Uma nova denúncia afastou – mais uma vez – o prefeito do cargo. Posse e afastamento ocorreram durante a mesma sessão.

O retorno de Toinho Batista se deu em virtude de uma decisão monocrática proferida na semana passada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Washington Luiz. O desembargador tornou nula a decisão da Comissão Especial de Investigação (CEI) que pedia o afastamento do chefe do executivo do cargo, sob acusação de improbidade administrativa.

Dispostos a manter a chefia do executivo na mão da vice-prefeita, Ana Genilda, os vereadores utilizaram uma ‘manobra’ para atrasar a volta de Toinho Batista. O presidente da Câmara, Kernne Petriny Soares de Melo (PP), ‘sumiu’ por alguns dias e deixou fechado o prédio-sede da Câmara.

Na tarde de ontem a Câmara cumpriu a determinação da justiça, mas o retorno de Toinho durou bem menos do que ele, seus correligionários e até o próprio desembargador esperavam. Uma nova denúncia, feita em 2 de dezembro por José Ivanildo, foi colocada em pauta somente ontem. Ivanildo acusa Toinho de superfaturar notas fiscais na compra de carteiras escolares e (com a maioria dos votos) a base aliada de Ana Genilda atendeu ao pedido de novo afastamento de Toinho oficializado pelo vereador Ivaldo Gomes.

Criação da Comissão Processante

A decisão se deu depois da apreciação da nova denúncia, em que um cidadão comum teria se apresentado ao legislativo acusando Toinho de ter cometido crimes administrativos e pedindo ao órgão fiscalizador providência com a criação de uma CP – Comissão Processante. Dez, dos 11 vereadores – exceto o vereador Dionizio Bonifácio, o Nino da Pimenta (PSL) – votaram pela criação da CP, e o decreto legislativo foi lido. Com a decisão, Toinho deve ficar afastado do cargo por mais 90 dias.

A comissão Processante foi criada através de sorteio e tem como membros: José Gomes de Freitas (DEM), presidindo a comissão/ Alysson David (Sambeca) (PSD), o relator e Antonio Guedes (PPS), secretário.

Defesa de Toinho

Para o advogado de Toinho, Michel Galvão, o ato da Câmara foi ‘desrespeitoso’, e desrespeita a determinação da justiça. Segundo Galvão o ato foi ilegal e isso não deve impedir que Toinho retorne ao cargo. O advogado promete ingressar na justiça com um mandado de segurança para que o prefeito afastado seja reconduzido ao cargo.

Ministério Público

O promotor de justiça, Carlos David impetrou, na última terça-feira (24), novo pedido de afastamento. Segundo o representante do ministério público estadual, é necessário manter o prefeito distante do cargo, já que o mesmo responde por suposto crime de improbidade administrativa. Para Carlos David, o retorno de Toinho Batista à chefia do município poderá prejudicar as investigações.

Garantia da ordem pública

A polícia precisou ser acionada e reforçada para garantir que os trabalhos da Câmara ocorressem de forma ordenada dentro e fora da Casa Legislativa.

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