Polícia Federal suspeita de uso de soda cáustica em queijos apreendidos

Amostras foram enviadas para o Lacen

xA Polícia Federal, o Ministério da Agricultura em Alagoas e a Agência De Defesa E Inspeção Agropecuária De Alagoas (ADEAL) suspeita que os produtos apreendidos estejam contaminados com soda cáustica e aguardam os resultado da análise. A apreensão aconteceu durante operação em Arapiraca nessa quinta-feira (19). As amostras foram enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas (LACEN).

Durante coletiva concedida na tarde desta sexta-feira (20), na sede da Polícia Federal, em Jaraguá, o Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado, André Costa, informou que as investigações tiveram início em novembro do ano passado, após denúncias que chegaram aos órgãos.

Além de a empresa distribuir queijos adulterados e usar selos de inspeção federal e estadual falsificados, a empresa não tinha registros nem no Ministério da Agricultura em Alagoas, nem na ADEAL.

“Existe uma forte suspeita do uso de soda caustica nos produtos. Geralmente a soda caustica é usada para a conservação de leite”, explicou o delegado.

Mesmo com a prisão do proprietário da distribuidora, o delegado federal informou que a operação ainda não foi concluída e mais pessoas podem ser indiciadas. “Ontem foi a parte ostensiva da operação. Nós ainda vamos em busca dos fabricantes dos produtos e dos comerciantes que compraram os queijos. Muitos donos de restaurantes e pizzarias compravam grande quantidade dos produtos, principalmente os queijos e nós vamos investigar até que ponto eles sabiam da irregularidade”, explicou André Costa.

De acordo com Andrés Sandes Moura, fiscal agropecuário do Serviço de Inspeção Estadual da Adeal, a empresa tinha apenas o registro na Receita Federal, mas estava comercializando produtos de forma irregular. “Não tinha alvará da Vigilância Sanitário do município e nem da ADEAL”, disse.

O Superintendente do Ministério da Agricultura em Alagoas, Alay Correia, além de atuar de forma ilegal, a venda dos produtos impróprios para consumo pode causar um problema de saúde pública. “Eram distribuídas grandes quantidades para o setor de gastronomia da cidade. O risco de contaminação é muito grande e pode causa doenças em quem consome. A comercialização era feita de forma clandestina e eu deixo o alerta aos empresários da gastronomia que busquem informações sobre a procedência dos produtos que compram”, alertou.

Para quem tiver interesse em consultar a veracidade do Selo de Inspeção Federal (SIF), a busca pode ser feita pelo SIGSIF, sistema de informações do Ministério da Agricultura que contém informações sobre todas as empresas cadastradas. Já o ou do Selo de Inspeção Estadual (SIE), a ADEAL está trabalhando num novo site para disponibilizar os dados.

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