O ex-modelo Frederico Peixoto Safadi, 23 anos, senta hoje (15) no banco dos réus para ser julgado pelo assassinato do arquiteto e design de interiores Flávius Lessa Braga, de 47 anos. O crime ocorreu no dia 4 de março de 2011, no Complexo Benedito Bentes. Flávius foi encontrado dentro do seu veículo, com o pescoço cortado.
De acordo com o inquérito policial, Flávius teria saído com o modelo e um irmão adotivo para consumir drogas. Nesse ínterim, teria se iniciado uma discussão e o menor asfixiou o arquiteto com o cinto de segurança e o modelo utilizou uma lata de refrigerante para cortar o pescoço da vítima, que estava desacordada.
O menor cumpriu medida restritiva de três anos e já se encontra em liberdade assistida. Conforme prevê a legislação, sua identidade não pode ser divulgada. Já Safadi, que se apresentou uma semana após o crime, está preso há quatro anos.
A acusação será representada pelo promotor Carlos David Lopes, que pede a condenação do réu por homicídio duplamente qualificado. De acordo com Lopes, Safadi foi cruel, não permitiu a defesa da vítima e ainda prolongou a sua morte.
Já a defesa do modelo, que tem à frente o advogado Raimundo Palmeira, defende a tese de homicídio privilegiado, afirmando que o crime teve caráter emotivo.
Apesar das alegações da defesa, a acusação deve levar cinco testemunhas ao júri, que atestariam a premeditação do crime, uma vez que o designer se recusava a dar dinheiro ao modelo, que é dependente químico com várias internações.
O júri está previsto para ter início às 13h, no Fórum de Maceió, no Barro Duro.
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