Famílias recebem assistência psicossocial em abrigo

O dia amanheceu e alguns chefes de família saíram para trabalhar. Outros levantaram cedo e já saíram em busca de uma moradia. Dezoito famílias, que ocupavam a Favela de Jaraguá, já passaram a noite abrigadas. Até o final da manhã desta sexta-feira (19), 42 famílias, totalizando 85 pessoas já estavam instaladas no abrigo montado na Creche Municipal no bairro do Bom Parto, outras ainda são esperadas.

Na área ocupada pela Favela de Jaraguá, os trabalhos seguem e as equipes já instalam os tapumes para isolar o local onde será construído o Centro Pesqueiro. Enquanto isso, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) preparou o espaço que fica ao lado da Secretaria Municipal de Educação (Semed) para abrigar as famílias que foram removidas da favela.

A rotina no local é considerada tranquila.  Na chegada, as famílias são recebidas por equipes compostas por assistentes sociais e psicólogos, passam por uma espécie de entrevista e fornecem dados para a chamada avaliação social. Os agentes verificam quesitos como documentação, se os assistidos já recebem algum benefício social e em caso negativo, a Semas fornece apoio logístico e até transporte para que os documentos sejam agilizados.

A secretária Celiany Rocha, titular da Semas, explica que os núcleos familiares estão organizados em salas de acordo com a proximidade de parentes ou vizinhos. Elas receberam colchões e cobertores, recebem as três refeições, lanches e a assistência necessária. “A intenção é que eles fiquem aqui o mínimo de tempo possível, mas estamos trabalhando para inseri-los em uma rotina, na retomada da vida normal dentro de novas moradias. 17 famílias já estão com o auxílio-moradia encaminhado. Esse benefício no valor de R$ 250, que é previsto em lei, é válido por três meses, prorrogável por mais três. Essas famílias não ficarão desamparadas”, assegurou.

Os chefes de família já estão procurando um imóvel, outros já retomaram a rotina e devem retornar ao abrigo no final do dia e as mulheres já se disponibilizaram a zelar pelo local. Na tarde desta sexta-feira, uma equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) irá ao local para realizar atividades com as 13 crianças cadastradas. Uma equipe da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) também visitará o espaço no sábado (20) para levar ações de entretenimento e desporto para os pequenos.

Dados preliminares indicam que das 18 famílias que passaram a primeira noite no local 10 vivem da pesca comprovadamente, são pescadores, marisqueiras. Apenas uma chefe de família não possui fonte de renda e os demais núcleos são liderados por pessoas que exercem atividades remuneradas como pedreiro, ambulante e mecânico.

A gestora da Semas destaca a receptividade da comunidade do Bom Parto ao abrigados. O vice-presidente da Associação de Moradores do bairro, Alex da Silva, está auxiliando nos trabalhos de assistência. “Assim que soubemos que eles viriam para cá, viemos aqui prestar o nosso apoio. A intenção é ajudar a minimizar a dor dessas famílias que precisaram sair do Jaraguá”, disse.

O prédio é uma das 17 creches construídas em Maceió com recursos do Governo Federal. É um ambiente arejado, e que emergencialmente, recebeu serviços e foi adaptado para as famílias. “A ação atende à determinação da Justiça

Secom/MaceióFamílias estão sendo atendidas pela Semas

Famílias estão sendo atendidas pela Semas

Federal de retirar a chamada Vila dos Pescadores do bairro do Jaraguá para reintegração de posse da área de Marinha. A operação de remoção foi executada numa ações conjunta entre os órgãos do Executivo Municipal, Polícias Militar e Federal, além do Corpo de Bombeiros e da Justiça Federal. A remoção segue ordeira. Nós fazemos uma avaliação positiva, considerando que as poucas intercorrências já eram esperadas e, felizmente, foram contornadas”, disse Ricardo Wanderley, secretário municipal de Governo.

As pessoas que ocuparam a favela após a transferência de pescadores para o Residencial localizado na Praia do Sobral serão encaminhadas para inscrição em programas habitacionais do Governo Federal. Caso se enquadrem no perfil exigido, serão contemplados com unidades habitacionais em construção em Maceió, que tem 10 mil moradias em andamento, entre eles, o Parque dos Caetés, no Benedito Bentes.

Fonte: Secom/Maceió

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