Por pódio olímpico, veterana do handebol adia gravidez

Alexandra Nascimento - A melhor jogadora de handebol do mundo em 2012 (Foto: Reprodução)
Alexandra Nascimento – A melhor jogadora de handebol do mundo em 2012 (Foto: Reprodução)

Adiar um sonho para alcançar outro. Esse foi o objetivo traçado por Alexandra Nascimento, de 33 anos, ponteira da seleção brasileira feminina de handebol, para este ciclo olímpico que se fecha em 2016. Casada com o chileno Patricio Martínez, também jogador, ela tem amadurecido a ideia de ser tornar mãe. Mas seu sucesso e o do Brasil nas quadras, de certa forma, tem feito o desejo ser postergado.

Alexandra foi a primeira brasileira a ser eleita a melhor jogadora do planeta, em 2012. No ano seguinte, capitaneou a seleção feminina ao inédito título mundial. Argumentos que colocam o Brasil como favorito a pódio nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o que seria outra marca histórica. A chance única de fazer história como atleta, e competindo em seu país, acaba falando mais alto.

“Um dia eu falo para o meu marido que eu quero engravidar depois das Olimpíadas no Brasil, aí no dia seguinte falo: ai, amor, quero jogar mais um aninho, posso jogar mais um Mundial… É complicado. A gente faz planos na nossa vida, mas só quem fala o que realmente vai acontecer é Deus. Agora quero pensar neste Pan-Americano, no Mundial, e na oportunidade gigantesca de disputar os Jogos Olímpicos em casa. Aí depois eu vejo o que vou fazer”, disse.

O fato de o marido também ser jogador de handebol facilita na negociação dos objetivos familiares. “Ele ajuda bastante e me respeita. É um dos responsáveis por tudo o que aconteceu na minha vida, por me cobrar cem por cento. Quando eu relaxava um pouco ele me incentivava. Ter uma pessoa que entende o que você está sentindo é maravilhoso, então ele só somou na minha vida”, derreteu-se Alexandra.

Ao lado de Dani Piedade, outra referência da atual seleção, Alexandra tem a chance de, nos Jogos de Toronto, atingir mais um feito histórico. Ambas podem se tornar as primeiras do país com quatro medalhas de ouro nas modalidades coletivas em Pan-Americanos, entre homens e mulheres – Marlene Bento, ex-pivô de basquete, é a recordista em pódios, com cinco, mas tem apenas dois ouros.

Ela divide com Dani a responsabilidade de manter o grupo forte na busca pelo bi mundial, em dezembro, na Dinamarca, e cuidar da transição entre as nova geração. “As meninas são ótimas, têm a cabeça aberta. Cada uma sabe o seu papel, o seu momento. As mais novas escutam, as mais velhas estão aí para apoiar. É uma troca de experiências fenomenal. A gente não está sentindo a idade, estamos trabalhando forte, o corpo ainda está na ativa. Depois do que a gente ganhou, essas meninas agora nos veem como ídolos e querem fazer parte dessa história também. Isso é maravilhoso”, avalia Alexandra, que joga pelo HCM Baia Mare, da Romênia.

Enquanto Alexandra não realiza o sonho de ser mãe, o Brasil conta com seus gols para o próximo compromisso no Pan de Toronto, nesta segunda-feira, contra o México.

Fonte: IG

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