MST realiza mobilização em Arapiraca para denunciar o “vilão da especulação”

(Foto: Assessoria)
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai às ruas de Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas, para denunciar o leilão ilegítimo que passou para uma empreiteira o terreno da ocupação Dandara. Um terreno, onde seria construído uma escola técnica com foco em agroecologia para a juventude da região, segundo acordo dos trabalhadores e do Governo, agora está nas mãos do que o Movimento classifica como “especulação imobiliária”.

“O vilão da especulação imobiliária está fazendo vítima o povo de Arapiraca, num crescimento para todos os lados, guiado pelos lucros” afirma José Roberto Silva, da direção nacional do MST. “Estamos nas ruas de Arapiraca para exigir a anulação imediata do leilão que entregou a uma empreiteira para construção de um condomínio de luxo a área já conquistada pelos trabalhadores, com o Acampamento Dandara”, salienta Silva.

As denúncias trazem um panorama dos ataques da especulação imobiliária no município. Um dos casos trazidos à tona pelo Movimento, é a ameaça de expulsão dos pescadores do Lago da Perucaba, também tensionados com empreiteiras e poder público. “As empresas imobiliárias querem a remoção dos pescadores que vivem à beira do Lago da Perucaba e nós estamos em unidade com os trabalhadores nessa resistência”, denuncia José Roberto.

A marcha dos trabalhadores percorre as ruas de Arapiraca, num diálogo com população e instituições, particularmente num ato em frente ao Tribunal de Justiça do Trabalho para exigir a anulação do leilão. A mobilização tem ainda a participação do movimento Via do Trabalho e dos pescadores do Lago da Perucaba.

A área leiloada está ocupada pelos trabalhadores há 13 anos, após desativação da Estação de Pesquisa Agropecuária de Alagoas (Epeal). Com todo esse tempo, os trabalhadores sempre estabeleceram o espaço do Acampamento Dandara como um exemplo em organização, espaço para estudos e, principalmente, produção de alimentos saudáveis. Esta área, em acordo com participação do Ministério da Educação, seria desocupada para construção de uma Escola de Formação Agroecológica.

Fonte: Assessoria

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