Mais um lixão é foco de incêndio em Alagoas

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A área fica situada próximo ao Loteamento José Bento, na zona rural do município. (Foto:Luzamir Carneiro/jgnoticias)

Um novo caso de incêndio em um lixão no interior foi registrado na tarde desta sexta-feira (04). Os focos foram avistados e registrados por moradores da cidade de Joaquim Gomes em um lixão a céu aberto. A área fica situada próximo ao Loteamento José Bento, na zona rural do município.

A densa fumaça se espalhou e alcançou a casa de moradores que residem no entorno do lixão. A população alega que somente na quinta-feira (03) a Prefeitura foi comunicada dos focos de incêndio que já duravam três dias.

Populares denunciam o descarte irregular do lixo e reclamam que até escolas acabaram atingidas pela fumaça e os gases tóxicos lançados por ela. Uma equipe de reportagem local esteve na Prefeitura e alega ter conversado com o secretário de gestão pública que teria afirmado ter conhecimento do fato e que já havia acionado o Corpo de Bombeiros. O secretário teria dito ainda que a cidade não possui carro pipa, mas que tentaria acionar um como medida emergencial para tentar ajudar a debelar as chamas.

Os moradores da região também se preocupam com a contaminação do lixão a uma horta comunitária situada no bairro Novo Horizonte e dos lençóis freáticos daquela região.

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Lei dos lixões
No dia 02 de agosto de 2010 foi sancionada Lei que determina o fim dos lixões em todo o país. Os municípios tiveram prazo de quatro anos para se adequar a nova lei. Muitos alegaram incapacidade técnica e recorreram do prazo. O senado então aprovou emenda em 2015 que estabelece novo prazo entre 2018 e 2021, de acordo com o município, para a extinção total de lixões no país. Os municípios também serão obrigados a implantação de reciclagem, reuso, compostagem, tratamento do lixo e coletiva seletiva.

Com as regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), as prefeituras com lixo a céu aberto podem responder por crime ambiental, com aplicação de multas de até R$ 50 milhões, além do risco de não receberem mais verbas do governo federal. Os prefeitos, por sua vez, correm o risco de perder o mandato.

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