Rogério Ceni se despede com gol diante de quase 60 mil torcedores no Morumbi

Ricardo Matsukawa / Terrarogerio ceni

O São Paulo se despediu nesta sexta-feira (11) do seu capitão, goleiro e artilheiro. A partir de agora, Rogério Ceni já não é mais jogador do Tricolor. Fica para a história o mito, ou M1to, como a torcida gosta de se referir, que ao longo de 25 anos construiu uma história de 18 títulos, 131 gols e 1237 jogos.

A partida derradeira foi digna dos números de Rogério Ceni. O palco, claro, não poderia ser outro que não o Morumbi, que inclusive chegou a ser literalmente sua casa no início de carreira. Os convidados eram os campeões mundiais de 2005, que venceram os campeões mundiais de 1992 e de 1993 por 5 a 3.

Amoroso, Aloísio, Josué, Thiago Ribeiro, Rogério Ceni fizeram para os mais jovens. Cafu (duas vezes) e Zetti descontaram para aqueles que abriram caminho para os maiores títulos da história do clube.

“É uma emoção muito grande estar aqui hoje ao lado desses caras. Aqui está a equipe com mais talento que vi jogar e aqui a equipe com mais alma que vi jogar”, justicou Ceni, no centro do gramado.

Nas arquibancadas, quase 60 mil torcedores coloriram o estádio e fizeram festa do começo ao fim e comemoravam a cada gesto do ídolo – até guitarra o goleiro tocou no intervalo do jogo ao lado de Nasi e Scandurra, da banda Ira. O grito de “PQP é o melhor goleiro do Brasil” foi o mais entoado durante todo o jogo.

Depois de algumas defesas contra os veteranos do time de 92/93, Ceni inverteu os números de sua camisa 01 e foi jogar como autêntico meio-campo aos 30 minutos de jogo. Apesar da habilidade, não chegou perto do verdadeiro camisa 10 Raí e ainda viu outro goleiro marcar. Zetti aceitou os pedidos da torcida e fez um gol de pênalti. Antes, Cafu havia colocado debaixo das pernas do goleiro para abrir o placar para os mais velhos.

Ceni por pouco não surpreendeu a todos com um gol do meio-campo. O mais novo aposentado chutou do meio-campo quando Zetti ainda comemorava seu gol e, por pouco, não fez um gol de placa. Perseguiu seu gol de todas as formas. Até que ele veio de pênalti. Na cobrança, colocou no cantinho, sem muito esforço.

Os dias de jogador de futebol se foram. Depois de tanto lutar contra, Ceni, sempre fominha por bola, enfim se encontrou com a aposentadoria. Se os últimos anos foram de muito esforço para se manter em forma, pendurou as luvas e chuteiras ainda antes que não fizesse mais falta para o futebol.

“Torcedor do São Paulo, vocês foram o motivo de tudo isso. O sonho durou 25 anos. Dentro de mim, estou muito feliz porque este é o único time do Brasil que poderia propiciar uma festa para estes caras. Cada uma dessas estrelas vermelhas [referentes aos Mundiais], representam vocês”, disse Ceni, com a voz embargada.

Depois de 90 minutos, a torcida espera para fazer uma nova versão do seu famoso grito. Rogério Ceni desconversa, mas sabe que ainda pode ouvir “PQP é o melhor técnico do Brasil”.

Fonte: R7

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