Alagoas registra mais de 1.700 procedimentos em crianças cardiopatas

Agência AlagoasCrianças com cardiopatia

Crianças com cardiopatia

Todos os dias no mundo nascem centenas de crianças cardiopatas que, para sobreviver, necessitam de tratamento e até cirurgias. Em Alagoas, o atendimento aos pequenos alagoanos é garantido desde abril de 2015, quando foi implantado o Serviço Estadual de Cardiopediatria. Até janeiro deste ano, já foram realizados 1.705 procedimentos.

O programa estadual toma as medidas necessárias para que o paciente com alguma doença do coração passe por todas as etapas necessárias, desde o diagnóstico e acompanhamento ambulatorial até a realização de cirurgias cardíacas. Para esse fim, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) firmou parceria com a Fundação Cardiovascular de Alagoas (Fundação Cordial).

O serviço é ofertado aos pequenos alagoanos no Hospital do Coração (HCor), localizado no bairro da Gruta de Lourdes, em Maceió, e financiado pelo Governo de Alagoas.

A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, esclareceu que a ideia da parceria é estruturar o fluxo para o suporte das crianças cardiopatas do Estado.

A parceria firmada entre a Sesau e a Fundação Cordial possibilita que a criança cardiopata, desde o recém-nascido àquela de 14 anos, tenha acesso a consultas, exames e cirurgias simples (em Alagoas) e complexas (em parceria com outros estados). Um dos exemplos do serviço prestado são os exames de ecocardiograma, eletrocardiograma e cateterismo.

Apenas no último mês de janeiro de 2016 foram realizados 320 procedimentos pelo Serviço Estadual de Cardiopediatria, sendo 60 ecocardiogramas, 34 eletrocardiogramas, dois cateterismos e quatro cirurgias cardíacas. Também foram efetuados 195 procedimentos específicos, a exemplo de enxertos arteriais, e 25 outros procedimentos, como angioplastias.

Para Rozangela Wyszomirska, a implantação do Serviço de Cardiopediatria representa um avanço para o Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas.

“Posso afirmar que o nosso propósito é assegurar o acesso dos alagoanos à saúde pública de qualidade, na qual todos disponham de serviços ágeis, eficientes e humanizados”, pontuou a gestora estadual da Saúde.

Um pequeno coração, que passou pela primeira consulta foi o do Nauan, de apenas dois meses de vida. Segundo contou os pais, Nataniely Justino e Carlos José da Silva, o filho nasceu na Maternidade Nossa Senhora da Guia e logo foi encaminhado para consulta no HCor.

“Esperávamos uma criança normal e foi um impacto saber que ele tem Síndrome de Down e também cardiopatia congênita”, lembrou o pai. Carlos José contou que o próximo passo é o agendamento da cirurgia do filho e, enquanto isso, a família segue com os medicamentos e demais orientações da cardiopediatra.

“Para nós, o SUS tem se mostrado muito bom: tudo está acontecendo sem problemas e de forma perfeita”, relataram os pais, que ainda disseram que o atendimento foi muito bom, com clareza nas informações e cuidado com os pais e o pequeno paciente.

Entre Estados

O Estado de Alagoas vem se organizando para atender casos de cirurgia com maior complexidade, como também para ampliar a oferta de serviço para outras unidades, como acontece com a Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), que desde fevereiro de 2016 passou a realizar as cirurgias em crianças cardiopatas.

Por enquanto, as cirurgias graves são realizadas em parceria com hospitais do Estado de Pernambuco, Ceará e São Paulo – por meio do SUS e viabilizadas pela Fundação Cordial em hospitais parceiros.

Os pacientes são encaminhados para o Instituto de Medicina Integral de Professor Fernando Figueira (IMIP), Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Professor Luiz Tavares (Procape) e Real Hospital Português de Beneficência, todos em Pernambuco; Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, no Ceará; e o Instituto do Coração (Incor), em São Paulo.

Fonte: Agência Alagoas

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