Luis Vilar
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A ‘louca’ base de Lula em Alagoas
Quando o assunto é o futuro do Palácio República dos Palmares, em 2010, é de causar espanto como a base aliada do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) está rachada em Alagoas. Todos são contra todos e ao mesmo tempo buscam o apoio de todos para eleger um único nome. Ideologia? Projeto de Governo? São respostas que ficam para depois…como sempre…
O PT é o único partido que ainda não colocou um nome para o Governo do Estado. O PDT – do ex-governador Ronaldo Lessa – almeja disputar, mais uma vez, o Palácio República dos Palmares com o nome do próprio Lessa, que posou para a foto – na segunda-feira, dia 20 – ao lado do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
O ministro aproveitou a visita para declarar apoio à candidatura de Ronaldo Lessa. Porém, outros dois candidatos da base aliada de Luis Inácio Lula da Silva se apresentam em Alagoas: o prefeito Cícero Almeida (PP), que apesar de negar a intenção corre nos bastidores traçando alianças, e – pasmem – o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello.
Fernando Collor: aquele mesmo da candidatura de 1989, quando em campanha política para a presidência usou do artifício de um vídeo que mostrava uma amante de Lula dizendo que o então candidato queria que ela fizesse um aborto. Lembra do Caso Mirian? Ela apareceu no horário eleitoral da época e mudou o rumo das eleições. Lembra? O Lula não lembra. Vai ao youtube. Deve ter o vídeo da campanha por lá.
O fato é que agora Fernando Collor é o xerife do PAC de Lula: filho do presidente com a pouco palatável Dilma Rousseff. Ressuscitado e revigorado, Collor está no jogo e conta ainda com o apoio do senador Renan Calheiros (PMDB). São pelo menos três candidatos oriundos de uma única base que só reúne letrinhas, pois ideologia é sinônimo de fisiologia em alguns casos.
E o PT? O que diz disso? Bem, se não lançar candidato, o PT vai ao palanque com Lessa, ou com Almeida, ou com Collor, que sempre estiveram do outro lado do corner, ao menos historicamente. Mas, o que quer dizer a História? Ou que nossa memória é muito curta, ou então que a capacidade de perdoar de nossos políticos é de fazer inveja até aos membros do Vaticano.
