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Crônicas e Agudas por Walmar Brêda

Walmar Coelho Breda Junior é formado em odontologia pela Ufal, mas também é um observador atento do cotidiano. Em 2015 lançou o livro "Crônicas e Agudas" onde pôde registrar suas impressões sobre o mundo sob um olhar bem-humorado, sagaz e original. No blog do mesmo nome é possível conferir sua verve de escritor e sua visão interessante sobre o cotidiano.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Acaba, pelo amor de Deus!


E assim terminaram as eleições 2022 e o clima é de terra arrasada. No pleito mais disputado, agressivo e polarizado da história, os eleitores mostraram para qual caminho desejavam seguir —ou melhor, a pequena maioria fez valer sua escolha sobre a enorme minoria, expondo realidades e ideologias extremamente opostas.

Mas a democracia é assim e, bem ou mal, continua sendo a maneira mais sensata —embora nem sempre a mais justa ou a mais correta,  de se fazer escolhas para o coletivo usando critérios na maioria das vezes individuais.

Foram duas visões diametralmente opostas de mundo postas frente a frente, onde ânimos se acirraram a níveis jamais vistos. Famílias e amizades estremeceram-se e o ódio espalhou-se dos dois lados, por razões ligadas, em grande parte, a meras opiniões. Bom seria se as propostas apresentadas por ambos os lados fossem num outro nível de discussão, sendo um debate entre ideias e soluções críveis  e não tão personalista como vimos acontecer —o resultado é que reelegeram o Lula mesmo tendo feito tudo que fez, muitas vezes por ojeriza ou nojinho pelo atual mandatário da nação.
O resultado é que agora  iremos embarcar em mais uma aventura política com riscos econômicos e democráticos reais.
Bem, agora não adianta mais reclamar. O que podemos fazer, nós que não votamos  junto com a pequena maioria, é cuidarmos de nós mesmos e do nosso pequeno universo  e darmos também a   nossa dose possível de contribuição ao país.
Devemos evitar  confrontos e conflitos com gente próxima e gente desconhecida, pela simples razão de que não vale a pena. A dicotomia social nesse momento é irreversível e cada um julga-se senhor da razão e enxerga o divergente quase como um inimigo —por isso o cuidado em nos mantermos atentos às nossas reações mais primitivas.
Só lembrando que tudo isso passa já —acredito que mais ou menos  daqui a umas  quatro Semanas…santas.

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