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Luis Vilar

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Almeida versus Dudu Holanda: o round final

Como coloca o companheiro jornalista Odilon Rios, o prefeito de Maceió Cícero Almeida (PP) tem escutado apenas a própria voz nos últimos dias. Um bom exemplo disto é a forma como tem articulado – como um trator – a derrubada daqueles que ele mesmo considera adversário político. Cícero Almeida tem desprezado o poder das “articulações” e a necessidade delas para a tal governabilidade. Em alguns casos isto é uma qualidade de quem tem pulso, em outros é um erro que pode custar caro no futuro. Almeida também tem se esforçado para agradar caciques. O preço destes agrados? É algo que só o futuro responderá.

Bem avaliado, Cícero Almeida se apóia na aprovação popular e no discurso simples e direto com o seu eleitorado para explicar as ações que toma. Intempestivo, o prefeito leva às rádios, aos jornais e a televisão o que antes eram conversas de bastidores, como fez ao romper com o vereador Dudu Holanda (PMN). Isto tem preocupado até “alguns aliados” que não sabem muito bem o que esperar do prefeito Cícero Almeida.

Dudu Holanda – por exemplo – só lançou sua candidatura após o aval do prefeito, que – para a imprensa de uma maneira geral – negava a interferência no processo de eleição da Mesa Diretora. Porém, Holanda – para agregar forças e vencer ao pastor João Luiz (Democratas) – firmou alianças com Paulo Corintho (PDT) e Silvana Barbosa (PTdoB), nomes que Almeida não digeriu. O que restou ao prefeito? Interferir diretamente na eleição a qual ele mesmo afirmava andar distante por ser um problema interno da Câmara Municipal de Vereadores.

Deveria ser uma questão interna do Legislativo municipal. Porém, nunca foi. Assim como não é a eleição para a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas. O velho papo do poder “harmônico e independente” sempre cai por terra e é possível ver isto nas eleições internas das Casas Legislativas. É um mal do Brasil. O braço do Executivo, sempre querendo ser o mais forte. Que digam as Medidas Provisórias do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).

Mas, voltando a Terra dos Marechais. O prefeito Cícero Almeida arregimentou a bancada do Partido Progressista e quer que todos marchem com ele, mesmo que ainda não haja um nome para enfrentar Dudu Holanda. O prefeito foi além: o PP aprovou uma Comissão de Ética – como num tribunal de inquisição – para punir quem se oponha a votar junto com o partido. Os ‘pepistas’ negam e dizem que já fazia parte dos planos do partido e que foi uma coincidência a criação da Comissão em tão precisa hora.

As pessoalidades viraram questões partidárias do dia para a noite e ganharam o manto da fidelidade. Agora, Almeida recorre aos velhos caciques para por fim a candidatura de Dudu Holanda.

Caso o vereador Dudu Holanda vença, mesmo diante dos possíveis candidatos de Almeida, que pode até ser o próprio João Luiz (Democratas), o prefeito sofre a primeira derrota logo no início de seu segundo mandato. O culpado por este baque político logo na largada? Ele mesmo e a voz que só ele escuta! Se a política se parece com um jogo de xadrez, o prefeito Cícero Almeida usa uma outra metáfora lúdica: é um jogo de Paciência em frente ao computador.

Mas, fica uma indagação no final das contas. Em meio à briga que se segue, o que o povo ganha, independente de quem vença as eleições da Mesa Diretora? Talvez só a promessa de um Legislativo fiscalizador, harmônico e independente. De qualquer forma após as eleições, tem a formação da bancada governista e tem…bom, deixa pra lá!

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