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Luis Vilar

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Collor e o voto

O senador e candidato ao governo do Estado de Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTB), que colocou o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da presidenciável Dilma Rousseff (PT), em seu jingle de campanha, provocando a ira da coligação de Ronaldo Lessa (PDT), fez questão de usar o espaço na sabatina promovida pela Fecomércio para declarar seu apoio à ex-ministra Dilma e reiterou – por várias vezes, para dar ideia de intimidade – os contatos que tem mantido com a presidenciável.

Nas considerações finais, Collor emendou: “Eu queria aproveitar estes minutos finais para explicar porque voto em Dilma, apesar de alguns não quererem que eu vote nela, mas eu voto”. A sutil ironia de Collor tinha endereço certo: o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que é quem carrega uma aliança oficial com o PT no Estado de Alagoas. Inclusive, o vice na chapa de Lessa é do próprio partido de Dilma: o presidente estadual da legenda Joaquim Brito.

Oficialmente, o apoio de Lula é de Ronaldo Lessa, que terá direito a um segunda sabatina (por conta das mudanças das regras), apesar de ter se saído bem na primeira.

Collor elencou melhorias em todas as áreas – da Educação a Segurança Pública – para elogiar os oito anos de Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, o recado mais forte veio do vice collorido, o vereador Galba Novaes: “O apoio do presidente e da Dilma ao Collor e a mim é natural. Eu falo isso com uma pergunta: em quem os outros que querem o apoio de Lula votaram na eleição passada? Eu não. Eu e o Collor votamos em Lula. Aliás, eu fui candidato ao Senado Federal com o apoio do Lula. Eu fui o candidato do PT em Alagoas”, frisou.

Collor – com o estilo que lhe é peculiar – ainda pediu ao povo para não “desacreditar” nos políticos. “A falta de credibilidade na classe política é universal. Em todos os países encontramos desvios éticos, não apenas nos políticos, mas também em outros setores. Não podemos é generalizar. Se são eleitos pelo voto popular, merecem o respeito, mas se não estão a altura de nossa confiança ou já demonstraram desvios, teremos um novo encontro com os políticos e podemos mostrar o nosso desapreço”.

“Mas não podemos desacreditar na política. É por ela que as grandes transformações começam”, mandou vê Collor, afirmando que o voto é “mecanismo de protesto” contra os políticos que se envolvem em casos de corrupção e já causaram vergonha no passado. “Precisamos estar preparados para escolher o melhor”. O recado de Collor deixa subentendido uma necessidade de não confiar em políticos que já se envolveram em escândalos, desvios de recursos públicos, dentre outros casos que tomam conta dos noticiários…Que políticos são esses? Respondam com o voto, como afirma o senador petebista…

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