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Luis Vilar

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De Nerygleykson e outros…

O vereador Nerygleykson Paiva de Melo (PV) acredita que não vai perder o mandato, apesar do farto material colhido pela Polícia Federal, que o acusa de comprar votos, em eleições passadas. Nerygleykson – mais conhecido como Nery Almeida – é citado em um esquema de compra de votos que envolve correligionários, que usavam uma loja de automóveis como “quartel general”.

Já pesa contra o vereador o parecer da procuradora eleitoral Niedja Kaspary, que pede a sua cassação. Em breve, o caso de Nerysgleykson Paiva estará no pleno do Tribunal Regional Eleitoral e será submetido aos juízes que compõem a Corte. Resta esperar. Enquanto isto, o vereador segue em seu mandato…

Porém, vale ressaltar que ele não é o único nesta condição. Não se pode esquecer que a Polícia Federal também oferta um inquérito substancioso contra o vereador Dino Júnior (PCdoB). O caso também deve ser apreciado em breve. Se estes conseguirem provar suas inocências, que assim o seja feito.

No entanto, os casos de Nerysgleykson e Dino Júnior chamam a atenção para uma declaração dada pelo superintendente da Polícia Federal, José Pinto de Luna: “Estamos de olho nos crimes eleitorais. Em Maceió foram eleitos vereadores que ninguém conhecia. Eles apareceram do nada e tiveram votações expressivas, sem uma explicação convincente”, destacou Luna, em uma entrevista à imprensa.

Convenhamos que a declaração de Luna faz sentido. Na Câmara Municipal de Maceió há casos de “ilustres desconhecidos”, que geralmente são “comandados” por caciques políticos maiores que querem garantir seus espaços. O mandato de vereador – em alguns casos, não apenas em Maceió – existe para manter uma base eleitoral que pavimenta o caminho para a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (o pote de ouro no fim do arco-íris).

No interior do Estado de Alagoas, isto é muito mais evidente. Lá, alguns vereadores não passam de cabos eleitorais que desconhecem inclusive o papel dos membros da Câmara Municipal. No mais, sobra o despreparo e as declarações estapafúrdias, como culpar contêineres por acidentes de trânsito. Ou projetos de um passado recente, quando um vereador quis que os motoqueiros não mais usassem capacetes para facilitar identificação em assaltos… por aí vai. O início de tudo isso: a compra de votos!

Resposta

Uma resposta ao anônimo comentário: a postura do post não é um julgamento, mas uma análise crítica, praticada pela imprensa alagoana e por toda a imprensa nacional. É uma vertente da qual os leitores possuem o direito de gostar ou não, de participar ou não, de entender ou não, e até mesmo de refutar.

O julgamento dos vereadores citados vai caber ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No entanto, é tapar o sol com a peneira crer que o processo não exista, ou se tornar surdo às declarações de nossos nobres vereadores. Quanto a ganhar, bem, o que ganho é minha consciência limpa de que pratico em meus textos a honestidade intelectual para com os meus leitores. Quem me conhece, sabe…

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