Deputado pede segurança para ex-comandante da PM

Comandante da Polícia Militar durante a operação que resultou na prisão de vários integrantes da famosa "Gangue Fardada", o coronel Ailton Pimentel, se sente inseguro em continuar morando em Alagoas. Pimentel coordenou as ações da PM durante o governo Manoel Gomes de Barros (1997/98) que na época levou à prisão o então tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante, apontado como o líder de um grupo de militares que praticavam uma série de crimes em Alagoas, dentre eles assassinatos, assaltos e roubo de veículos. Hoje na reserva, o coronel pensa em deixar Alagoas juntamente com a sua família por se sentir inseguro. Ele não possui segurança ofertada pelo Estado.

Na sessão desta terça-feira, 22, na Assembleia Legislativa, o assunto foi levado ao plenário pelo deputado Gilvan Barros (PSDB), que fez um apelo para que o Conselho Estadual de Segurança restabeleça a segurança antes ofertada ao ex-comandante da PM. Segundo Gilvan Barros, a medida deve ser extendida não somente ao coronel, mas também a juízes, promotores de Justiça, desembargadores e demais autoridades que atuaram no caso, como forma de reconhecimento ao trabalho que fizeram em defesa da sociedade alagoana. "É um absurdo que isso esteja acontecendo, por isso, faço daqui um apelo ao Conselho de Segurança para que autorize o retorno da segurança para o ex-comandante da PM", disse o deputado.

Segundo Gilvan Barros, ‘o ex-comandante da PM teve a coragem cívica de enfrentar a famigerada gangue fardada, o que poucos queriam enfrentar, mesmo sabendo que iria deixar a sua vida vulnerável’. Para o deputado, o Estado tem obrigação de oferecer garantia de vida ao coronel ‘por ter prestado um grande serviço ao povo alagoano’. "É preciso que essa posição seja revista, para que a gente não veja esse absurdo de um alagoano ter que ir embora depois de prestar um grande serviço à sociedade e hoje se sentir inseguro”, disse em plenário o deputado.

Na época em que foi desencadeada a operação que resultou na prisão de diversos integrantes da "Gangue Fardada", vários militares foram detidos, muitos ainda estão cumprindo pena nos presídios de Alagoas.