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Luis Vilar

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Dura lex sed lex

“(…) alguém acorda/ porque já não aguenta mais/ e a corda arrebenta / no lado mais forte (…)”

O trecho acima é de uma canção do compositor gaúcho Humberto Gessinger. Estava ouvindo no som do carro enquanto me dirigia de um trabalho para o outro. Soa bem atual quando as expectativas do Estado de Alagoas estão voltadas justamente para saber de que lado a corda vai arrebentar! O nome da canção é bem propício também: “A verdade a ver navios”.

Acho que é isto que a gente acaba vendo lá no distante horizonte onde se enxerga dias mais justos, com menos “espertos” ludibriando a justiça, por conta das brechas deixadas pelas leis a serem aplicadas pela Justiça. No final das contas, torna-se extremamente irônico “que todos tenham os mesmos sonhos, mas que os sonhos nunca virem realidade”.

O discurso é uníssono: precisamos de um pacto para sair da lama, retomarmos o trilho do desenvolvimento, quando o assunto é Alagoas. Isto vem da boca dos “iluminados” e dos que querem “iludir”. Mas em Alagoas, os pactos são subterrâneos e distantes da transparência necessária para que a verdade não fique a contemplar navios. Alagoas se tornou uma nau sem timão? Uma ilha plutocrática afastada?

Que verdade reside nas entrelinhas de nossos contrastes? Sim, os piores contrastes. Alagoas possui a frota de carros de luxo mais nova do país. Alagoas possui um mercado de luxo que prospera. No entanto, a capital deste Estado lidera como a mais violenta proporcionalmente, quando levado em conta os números dos homicídios.

Os R$ 300 milhões desaparecidos do erário à luz do dia estão visíveis nas ofuscantes e prepotentes fortunas que ganham os holofotes de alguns setores da imprensa. Holofotes que cegam mais que iluminam. Na hora de dar nome aos bois que pastaram em campos alheios, em lugar da verdade surge a tão castigadora conivência dos jogos políticos. No jogo de xadrez, quem é Rei é Rei; quem é peão é peão. Em Alagoas, no jogo político, quem vai ao posto do Rei pode ser peão manipulado pelo Rei deposto.

Enquanto isto, num voo para Brasília, será que as consciências andarão mais leves que o ar? Mas, o avião decola sem o peso da culpa. No bolso de um paletó, as chaves de um poder que se fechou por conta da crise. Ela está endereçada a Gilmar Mendes? Logo ele, que não conhece nem as linhas, nem as entrelinhas deste enredo! Mas, sim, é ele que conhece a lei, que sabe o texto duro da lei. Dura lex sed lex. Porém, será mais dura para alguns, isto com certeza.

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