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Em AL, 30 acorrentados para se livrar do crack

O crescimento no consumo do crack em Alagoas gera uma estatística perversa: para escapar das execuções, por conta das dívidas com o tráfico, ou tentar se libertar do vício, 30 pessoas estão acorrentadas em pés de mesa, sofás ou camas nas próprias casas, iniciativa das famílias que tentam resgatar de qualquer jeito os dependentes químicos. Os dados são do Fórum Permanente de Combate às Drogas, que fará hoje pela manhã panfletagem no Centro de Maceió.
Ainda de acordo com os números do fórum, o público alvo do tráfico são os jovens entre 12 e 30 anos, mais suscetíveis, de acordo com a ONG, de entrarem no consumo dos entorpecentes, em especial o crack.
“O crack é a droga da morte”, disse a presidente do fórum, Noélia Costa. “Na 3ª vez que a pessoa consome, ela se torna dependente. O usuário consome, em média, dez pedras de crack por dia”, explicou.
Hoje pela manhã, a partir das oito horas, no Shopping Maceió (antigo Iguatemi) e no Centro da capital, próximo ao antigo Produban, haverá distribuição de 20 mil panfletos, alertando dos riscos no uso do crack. “É importante que as pessoas possam participar disso para se discutir alternativas conjuntas para neutralizar as causas e os efeitos das drogas”, analisou. A campanha acontece porque durante o Carnaval aumenta o números de consumidores e dependentes químicos.
“É importante vestir a camisa e dizer aos pais que eles não são 100% responsáveis por um filho que entrou no mundo das drogas, mas eles são exemplo, fortaleza para estes jovens. Vivemos em uma sociedade movida pela química. A pai toma uísque para relaxar, a mãe usa calmantes para dormir. E hoje temos a droga circulando por todos os lugares, por shows , nas ruas, tem até o pronta entrega da droga”, disse Noélia.
“Nessa época de Carnaval ou festas, o consumo aumenta. Nossa preocupação é também com a Copa do Mundo, por isso estamos lançando este alerta”.
Pelos dados da Polícia Federal, as drogas movimentam R$ 2 milhões por ano em Alagoas. O dinheiro não fica na periferia, segundo a PF, mas é “lavado” em restaurantes, hotéis, pousadas ou postos de combustíveis
A rota do tráfico em Alagoas funciona assim: a maconha vem do “Polígono da Maconha”, na região sertaneja ou Foz do Iguaçu (vinda do Paraguai); cocaína vem de países na fronteira brasileira.

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