Blog

Luis Vilar

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Entre poucas propostas, Cloves surpreende!

Quixotesto, nanico, franco atirador…estes são alguns dos adjetivos que costumam ser usados ao falar de candidatos que entram no pleito eleitoral, mesmo com poucas chances, mas com o objetivo de marcar presença. Tony Cloves (PCB) é um destes tidos como pequenos, mas foi a surpresa do debate da TV Pajuçara, na noite de ontem, dia 20.

Cloves se saiu bem e mostrou um PCB com discurso amadurecido e focado em questões regionais e, algumas vezes, uma crítica sadia e até propositiva. Tony Cloves também ironizou os adversários, ao falar de custo de campanhas e dos círculos de amizades destes, em especial o de Fernando Collor de Mello.

Em direção a Fernando Collor de Mello (PTB), indagou ao senador e postulante ao Palácio República dos Palmares, como um candidato pode falar tanto em segurança pública, quando está recebendo apoio de políticos supostamente ligados a crimes de mando. Cloves não cita nomes, mas lança luzes sobre a presença de Cícero Ferro (PMN) e João Beltrão (PRTB) entre os colloridos.

Ao falar de Vilela, também se postou: “o senhor é bem intencionado, mas é muito lento”. Falou sobre o histórico Canal do Sertão. “É uma obra da época de D.Pedro II” e questionou se este serviria apenas para “criatório de mosquito da dengue”. Tony Cloves cumpriu um papel que coube – em 2006 – ao atual vereador Ricardo Barbosa (PSOL), quando este foi candidato ao governo do Estado.

Com frases ora engraçadas, ora irônicas, Cloves chegou a ser um dos assuntos mais comentados no twitter. Mas, enquanto Tony Cloves era surpresa, o confronto entre os “titãs” da eleição – conforme pesquisas de intenção de votos – ficou por conta de Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB). Os dois se atacaram e se defenderam. Vilela lembrou os supostos desvios na Educação e os 56 processos que Ronaldo Lessa enfrenta.

Confronto

Teotonio Vilela Filho foi citado como indiciado na Navalha, mas rebateu Ronaldo Lessa o chamando de mentiroso: “Eu não fui indiciado. A Operação Navalha é uma herança maldita do seu governo. Ou você retira o que disse ou será processado e será seu 57° processo na Justiça”, rebateu o atual governador e candidato à reeleição. O confronto entre os dois deixou um pouco de lado o debate propositivo, o que – como consequência – apagou Fernando Collor de Mello.

Ronaldo Lessa também negou o rombo de R$ 480 milhões e falou ter deixado um ativo de R$ 600 milhões. Vilela indagou onde este dinheiro estava.

Voltando a Collor, ele foi o alvo inicial do debate, quando Jefferson Piones já “entrou de sola” questionando como este conseguia dormir depois do “confisco da poupança”, durante sua presidência. Fernando Collor afirmou que não confiscou poupança e que o dinheiro foi devolvido com juros maiores do que os praticados na época. Collor também foi atacado por Mário Agra que o responsabilizou pela estagnação econômica do Estado. Collor apresentou ainda proposta de escola em tempo integral, fazendo referência à experiência do CAIC, durante sua presidência.

Em resumo, o clima de bastidores e da campanha foi para o debate da TV Pajuçara. Poucas propostas, muitos ataques, muitos revides e explicações devidas. Para maiores detalhes aconselho que leiam o Blog do Odilon, pois o jornalista Odilon Rios fez uma cobertura bloco a bloco, destacando as principais falas. Eu optei por fazer isto no twitter, quem quiser conferir: www.twitter.com/lulavilar.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos