Não foi desta vez

Não foi desta vez! Os deputados estaduais afastados quase retornaram, mas acabou valendo a decisão do juiz Gustavo Souza Lima. Porém, foi preciso que este notificasse o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Toledo (PSDB), para que este entendesse o que o juiz já havia alardeado na imprensa local. São duas decisões diferentes. Uma é a de Gustavo Souza Lima, baseado em atos de improbidade administrativa; a outra é de Gilmar Mendes. Elas coexistem, mas a segunda passa a valer por ser posterior a liminar de Antônio Sapucaia, que foi cassada.

Graças a uma notificação, Fernando Toledo entendeu o recado do magistrado. Enquanto isto, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, procura se assegurar – por meio de outros remédios jurídicos – para que os deputados estaduais não retornem. O fato é que há um receio de que Gilmar Mendes sentencie que sua decisão é extensiva. A guerra “política” e “jurídica” está só no início.

Enquanto isto, de forma paralela, o Movimento Social de Combate a Criminalidade tenta se reorganizar para ganhar força. Por enquanto, anda distante da onírica intenção de levar 50 mil pessoas às ruas, isto porque anda fragmentado. O movimento será uma ferramenta importante para que se faça pressão pelo não retorno dos afastados. Fernando Toledo – por sua vez – fala que o parlamento tem sido “imparcial” e até admite – caso as informações do Ministério Público a serem repassadas a ALE sejam contundentes – a possibilidade de cassação dos taturanas pela própria Mesa Diretora. Será?

A “compilação” do processo investigatório – segundo Toledo – deve chegar à Mesa Diretora, em breve. Quanto ao ex-presidente e deputado afastado, Antônio Albuquerque (sem partido), vale o que já foi postado. A luta não é apenas pelo retorno ao parlamento, mas sim pela cadeira da presidência. Os deputados estaduais – na Assembleia – andam pisando em ovos. Porém, atrasadamente, os suplentes andam aprendendo que é preciso quebrá-los para fazer omelete.