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O nível do TJ e o ‘amadorismo’ das gratificações

Um dossiê é vazado a imprensa, sobre gratificações pagas a desembargadores?
A culpa é do jornal que as publicou.
Ele mostra juízes ou desembargadores, eleitos arautos da sociedade?
É porque, como todos, são submetidos às mesmas regras. Papel do Judiciário.
E caçar a fonte que vazou os dados ao jornal?
Não deixa de ser diferente à queima das bruxas na Idade Média. Afinal, eliminando-as, combatiam-se também as questões em torno do Mito. Sobravam os ícones, os idólatras.
Então, temos o Judiciário defronte o seu Mito ou as evidências dos fatos. Com o que ficaremos?
É assim, desde que o CNJ passou por Alagoas. Dois desembargadores denunciados como integrantes do crime organizado; processos viram cadáveres, em cova rasa, na Justiça mais lerda do Brasil; gratificações pagas de forma exagerada a integrantes do Judiciário (alguns mais até do que vai a conta); a possibilidade da retirada de quatro desembargadores dos cargos; os murmúrios de uma possível intervenção, via CNJ.
Tentam-se encontrar alternativas, explicações. Até agora, nenhuma defesa pública. Algumas reações deselegantes. São ícones, em torno da fogueira.
Afinal, é verba pública em jogo. Cobranças para a Assembleia, dos R$ 300 milhões desviados; cobranças também ao TJ, dos R$ 100 milhões, impostos pagos das tantas caixas de fósforos riscadas em nossas casas.
Um membro da magistratura falou ao blog sobre “amadorismo”, nas gratificações. “Amadorismo” porque não é o desembargador ou o juiz quem controlam diretamente os aumentos ou os abonos. São os presidentes do TJ. Os que passaram pela principal cadeira do Judiciário alagoano.
O TJ cobra uma definição sobre o quadro de miserabilidade ou pobreza de Alagoas, uma terra de injustos, mas não sem Lei. Deveriam também olhar para os seus arautos internos. Alguns, notadamente, conhecidos nas ruas.
Afinal, a Justiça pode ser cega, mas algumas de suas mãos seguem um rico pleonasmo histórico: o do silêncio, diante do quase inquestionável Poder, mesmo algumas vezes arbitrário, servil.
Veja-se a Assembleia Legislativa, a Casa que nunca se investigou. Seu nível mais baixo é a disputa por cargos no Tribunal de Contas e seus dinheiros que somem sem prestações de contas.
Do TJ, pode-se esperar um momento de transformação por aqui mesmo. Ou pode-se alcançar o nível da Assembleia Legislativa. Afinal, na Casa de Tavares Bastos o fundo do poço deixou de ser fundo faz tempo.

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