O plano perfeito Onze homens e um segredo La casa de papel Truque de mestre Em ritmo de fuga Drive E tantos outros… Sempre gostei de filmes de roubos espetaculares, onde a maior parte do roteiro dedica-se ao planejamento, seleção da equipe da quadrilha e treinamento, para em seguida acontecer sua aguardada execução. Vibro com...
O plano perfeito
Onze homens e um segredo
La casa de papel
Truque de mestre
Em ritmo de fuga
Drive
E tantos outros…
Sempre gostei de filmes de roubos espetaculares, onde a maior parte do roteiro dedica-se ao planejamento, seleção da equipe da quadrilha e treinamento, para em seguida acontecer sua aguardada execução.
Vibro com sacadas espetaculares e ideias geniais para executar o roubo perfeito, seja de um banco, museu ou mesmo uma mansão altamente protegida.
Somos apresentados pelo líder da quadrilha —geralmente um gênio do mal— aos demais membros da equipe —cada um com sua habilidade e personalidade. Não preciso nem lembrar que, quanto mais mirabolante o plano for, mais interessante torna-se filme, ao ponto de, muitas vezes, até torcermos para os bandidos se darem bem.
Porém, confesso que é muito menos assustador ver esse planejamento, seleção da equipe e treinamento nos filmes, que nos noticiários, como acontece nesse momento. É inquietante saber a data e hora de sua execução e quase nada poder fazer.
Assistir os ladrões esfregando as mãozinhas suadas com um sorriso maroto no canto da boca, cada um com sua habilidade e personalidade, é de tirar o sono de qualquer um.
Assim como nos filmes, tem o escalador de paredes, o especialista em tecnologia, o fortão bom de briga, o que é perverso até a medula, o doido descontrolado e o exímio atirador —todos sob a tutela do chefão carismático e ardiloso que planejou tudo em detalhes enquanto esteve na prisão.
O mais curioso sobre o que vemos nesse momento, é que, dentre os membros da quadrilha, está todo o sistema que poderia impedi-los, prendê-los e julgá-los, tornando, este sim, um crime perfeito.
Nem os melhores roteiristas hollywoodianos imaginaram algo assim.
Se filmes sobre roubos espetaculares constituem um gênero à parte, quando quebram a quarta parede e invadem o mundo real, sobretudo o nosso país, passa a fazer parte do rol assustador dos tenebrosos filmes de terror.