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Valderi Melo

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Perdas na política de Alagoas

A semana não começou nada boa para a área política de Alagoas. Em três dias, o Estado perdeu dois personagens que tiveram papéis importantes na política alagoana: o ex-vice-governador Geraldo Sampaio e o ex-vice e também governador Luís Abílio de Sousa Neto, que coincidemente foram vices nas duas gestões do ex-governador Ronaldo Lessa (1999 a 2006). Geraldo Sampaio faleceu no domingo, 11, no Hospital Arthur Ramos.

Sampaio teve atuação marcante na política alagoana, sendo um personagem vivo do tiroteio ocorrido em 1957 na Assembleia Legislativa, além de ter sido conselheiro do Tribunal de Contas, deputado estadual e deputado federal. Era também um grande empresário, tendo sido responsável pela criação da TV Alagoas e ainda pelo surgimento de alguns nomes da politica que passaram por sua emissora de TV, a exemplo do atual prefeito de Maceió, Cícero Almeida e o ex-deputado estadual Sabino Romariz, já falecido.

Abílio – que antes de assumir o governo em março de 2006 – foi vice de Lessa, era visto como um homem íntegro, conciliador e sobretudo honesto, coisa rara na classe política. Em sua passagem pelo Executivo – de março a dezembro de 2006 – deixou sua marca e sua morte ocorrida na madrugada desta quarta-feira, 14, causou surpresa por ter ocorrido três dias após a de Sampaio.

ATÉ QUANDO JULHO CHEGAR

E pelo visto as especulações relacionadas a disputa eleitoral de outubro vão continuar até quando julho chegar, prazo final para que os candidatos tenham sido aprovados em convenção. Até lá muitas conversas vão surgir, muitos analistas políticos vão fazer suposições sobre candidatura "A" ou "B", tal pessoa vai ser vice desse ou daquele candidato, enfim a coisa só deve ser totalmente resolvida durante o mês de junho quando os partidos devem realizar suas convenções para homologar os seus candidatos. Ai sim, realmente o eleitor vai saber quais opções terá para escolher em outubro.

PASSOU E NÃO DEIXOU SAUDADES

E a passagem do tenente-coronel João Marinho pelo comando do 3º Batalhão da Polícia Militar em Arapiraca, parece que não deixou saudades na classe política do município e da região do Agreste. Na terça-feira, 13, o deputado Ricardo Nezinho (PTdoB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para fazer duras críticas aos métodos adotados pelo oficial durante o período em que comandou o 3º BPM.

Nezinho acusou João Marinho de falar uma coisa e agir de outra forma, como quando chegou ao município e em entrevistas afirmou que não aceitaria ingerências políticas em seu trabalho. O deputado lembrou que na época em que houve a troca de comando do batalhão, a classe política de Arapiraca junto com a população pediu que o então comandante, tenente-coronel Paulo Amorim permanecesse no posto, por conta do trabalho que vinha realizando.

O pedido não foi aceito e a troca acabou sendo efetuada. “O tenente-coronel João Marinho, o mesmo que disse não aceitar ingerência política em seu trabalho, agora que deixou o comando do batalhão vai tirar uma licença para ser um dos coordenadores da campanha do ex-governador Ronaldo Lessa. É aquele velho ditado: ‘faça o que digo, mas não faça o que eu faço’. Ele parece mais um ‘lobo travestido em pele de cordeiro”, disparou o deputado.

Aproveitando a deixa, o deputado Antonio Albuquerque, líder do PTdoB, também ‘tacou o pau’ no ex-comandante do BPM sediado em Arapiraca e que ele [Marinho] não possuía à época condições para chefiar o batalhão, tendo até mesmo feito um alerta ao governador Teotonio Vilela para que não houve a troca de comando.

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