Acho bastante interessante quando é identificado e nomeado algo que é banal e comum no dia a dia, mas que passa despercebido do campo das ideias e dos conceitos. . Recentemente, li a respeito da chamada “Síndrome do Pequeno Poder”, que acomete pessoas que assumem algum grau de autoridade e controle e, por isso, tornam-se...

Acho bastante interessante quando é identificado e nomeado algo que é banal e comum no dia a dia, mas que passa despercebido do campo das ideias e dos conceitos.
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Recentemente, li a respeito da chamada “Síndrome do Pequeno Poder”, que acomete pessoas que assumem algum grau de autoridade e controle e, por isso, tornam-se arrogantes ou autoritárias, especialmente em situações onde o poder que exercem é relativamente limitado ou insignificante.
Esta síndrome é observada em diversas situações e profissões como funcionários públicos e porteiros de boates —entre outros.
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No entanto, devemos sempre lembrar que também existe a sua irmã maior e bem mais poderosa “Síndrome do Grande Poder”, que acomete pessoas que ocupam posições de destaque na cadeia de comando e que realmente mandam na bagaça toda. Destarte, é sabido que quanto mais mandam e por quanto mais tempo, a coisa só tende a piorar, ao ponto de muitas vezes implodirem em sua própria soberba.
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Pois bem, agora imaginemos o que se passa na cabeça de alguém que, de repente, percebe que detém o Poder Absoluto —sim, isso mesmo. O Brasil atual produziu uma jabuticaba do tamanho de um país e com apetite pantagruélico, ao perceber-se capaz de mandar, determinar, recusar, tomar , obrigar e prender tudo e todos se assim desejar.
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Esta poderíamos chamar de “Síndrome do Poder Absoluto” —perigosíssima em sua essência e nefasta nas consequências— e que vem causando um mar de devastação moral e institucional por onde passa, mesmo tendo apenas um punhado de viventes acometidos por essa síndrome.
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O curioso é que essas pessoas adquiriram o poder divino da onipotência , graças a uma conjunção marotas de elementos nada republicanos, que juntou a fome com a “vontade de poder” —ou a cumplicidade , com a conveniência e, por fim, com a pusilanimidade de quem poderia destruí-la em seu nascedouro, mas infelizmente não o fez.
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