Blog

Crônicas e Agudas por Walmar Brêda

Walmar Coelho Breda Junior é formado em odontologia pela Ufal, mas também é um observador atento do cotidiano. Em 2015 lançou o livro "Crônicas e Agudas" onde pôde registrar suas impressões sobre o mundo sob um olhar bem-humorado, sagaz e original. No blog do mesmo nome é possível conferir sua verve de escritor e sua visão interessante sobre o cotidiano.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Poderes

Acho bastante interessante quando é  identificado  e nomeado algo que é  banal e comum no dia a dia, mas que passa despercebido do campo das ideias e dos conceitos.

.

Recentemente,  li a respeito da chamada “Síndrome do Pequeno Poder”, que acomete pessoas que assumem algum grau de autoridade e controle e, por isso, tornam-se arrogantes ou autoritárias, especialmente em situações onde o poder que exercem é relativamente limitado ou insignificante.
Esta síndrome é observada em diversas situações e profissões como funcionários públicos e porteiros de boates —entre outros.
.
No entanto, devemos sempre lembrar  que também existe a sua irmã maior e bem mais poderosa “Síndrome do Grande Poder”, que acomete pessoas que ocupam posições de destaque na cadeia de comando  e que realmente mandam na bagaça toda.  Destarte, é sabido que quanto mais mandam e por quanto mais tempo, a coisa só tende a piorar, ao ponto de muitas vezes implodirem em sua própria soberba.
.
Pois bem, agora imaginemos  o que se passa na cabeça de alguém que, de repente, percebe que detém o Poder Absoluto —sim, isso mesmo.  O Brasil atual produziu uma jabuticaba do tamanho de um país e com apetite pantagruélico, ao perceber-se capaz de mandar, determinar, recusar, tomar , obrigar e prender tudo e todos se assim desejar.
.
Esta poderíamos chamar de “Síndrome do Poder Absoluto” —perigosíssima em sua essência e nefasta nas consequências— e que vem causando um mar de devastação moral e institucional por onde passa, mesmo tendo apenas um punhado de viventes acometidos  por essa síndrome.
.
O curioso é que essas pessoas adquiriram o poder divino da  onipotência , graças a uma conjunção marotas de elementos nada republicanos, que juntou a fome com a “vontade de poder” —ou a cumplicidade , com a conveniência e, por fim, com a pusilanimidade de quem poderia destruí-la em seu nascedouro, mas infelizmente não o fez.
.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos