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Luis Vilar

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Ronaldo, mas sem a pseudo-esquerda…

Direita e esquerda, reacionários e revolucionários, e outros rótulos foram ficando pelo caminho na estrada de alguns políticos brasileiros, quiçá alagoanos! Um dos casos interessantes, neste sentido, é do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que chegou a representar uma era de ruptura em Alagoas com aquilo que ele mesmo chamava – em tempos atrás – de “as forças do atraso”.

Porém, nas regras das coalisões políticas, as forças do futuro, que marcharam junto de Ronaldo Lessa e enriqueceram nas tetas sofridas do Governo do Estado de Alagoas, já não se encontram ao lado do ex-governador que bradava contra os coronéis da política e da mídia alagoana, que vestiu colete pela paz, que surgiu heróica e quixotescamente contra um Fernando Collor, que feito uma fênix ressurgida das cinzas o tomou o Senado Federal líquido e certo em 28 dias.

Mas de Quixote e heróis não é feita a política. Ronaldo Lessa está longe disto. O homem que trouxe uma pseudo-esquerda para o Poder Executivo hoje traça os projetos do futuro ao lado dos antigos achincalhados por sua trupe. Orbitam ao redor de uma candidatura de Ronaldo Lessa ao Governo do Estado, o ex-adversário João Lyra (PTB), antigo alvo de críticas Renan Calheiros (PMDB); e o PP de Cícero Almeida.

Quem lembra as frases de Ronaldo Lessa sobre João Lyra, cobrando dos alagoanos – quanto o petebista foi candidato ao Governo do Estado – que não entregassem o Executivo nas mãos daquele usineiro. Lessa chegou a afirma que se aliou a Vilela, na campanha de 2006, para defender Alagoas de João Lyra. Mas, hoje a conjuntura troca tapas por beijos.

E tem gente que diz por aí que é assim mesmo. Política deve ser assim, dizem por aí. Dizem até que se Judas tivesse votos, deveria ser chamado para a coalisão também. Que importa o passado? Que importam quem roubou ou deixou de roubar? Quem fez ou deixou de fazer? De quatro em quatro se renova o caráter, se é outro, se tens outros amigos de infância, outros projetos rumo ao mesmo nada…

Nesse caminho, se reaproxima o PT com quem o ex-governador vivia momentos de amor e dor de cabeça, de quem já foi amigo e adversário por tantas vezes que até se perdeu a conta. Os adversários de Ronaldo Lessa são seus antigos amigos de infância. E assim, Lessa que queria ser senador é empurrado para ser candidato ao Governo do Estado, com telefonemas até o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do Trabalho, Carlos Luppi.

É cada vez mais sólida a candidatura de Lessa ao Palácio República dos Palmares. Pela primeira vez contra o PSB sua antiga casa, que ainda abriga seus antigos “chegados íntimos” como Kátia Born e Alberto Sextafeira. Mas o “bom” político – seja lá qual for o sentido de bom neste contexto – não tem casa. Ele mora dentro de uma mala que está sempre pronta para a viagem, por em sua bagagem caber de tudo, diante da ausência de convicções.

Resposta

Caro Zezinho, o texto fala: "Orbitam ao redor de uma candidatura de Ronaldo Lessa ao Governo do Estado, o ex-adversário João Lyra (PTB), antigo alvo de críticas Renan Calheiros (PMDB)". Veja bem! Não digo que Lessa critica Renan. Mas sim, que Calheiros e Lyra trocaram farpas durante bom tempo, o que não é segredo, sendo o usineiro alvo do senador.Entendeu?

Não me interessa dos amores de Renan Calheiros e Lessa em campanhas passadas. Sei que existiram, enfim…Não publiquei o comentário por conta das agressões contra a minha pessoa, infundadas e desproporcionais e sem correlação com o que comento aqui! Abraços…

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