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Luis Vilar

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Sem eleição na ALE?

A eleição para compor a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas deve ser empurrada com a barriga a espera de alguma manobra “salvadora”. Típico do parlamento alagoano, que se acostumou – ao longo de sua História – a viver mais de sombras que de luz. Aliás, qualquer luz na Casa de Tavares Bastos é facilmente confundida com um trem na contramão…

Mas, vamos aos fatos. Apesar da necessidade de uma eleição, diante da precariedade – decretada pela Justiça – que sustenta Fernando Toledo (PSDB) no comando da Casa, não foi publicado em Diário Oficial nenhum “chamamento” para a eleição da Mesa Diretora. A disputa é marcada pela queda-de-braço entre os oposicionistas – que sofrem por ausência de correlação de forças – e o grupo de Fernando Toledo.

Há deputados estaduais que apóiam Toledo, que podem acabar não votando nele no final das contas. A oposição aposta num fortalecimento, que renda mais de 10 votos. Se a eleição ocorrer na próxima terça-feira, dia 3, sem a convocação oficial, será mais uma manobra para desarticular quem se encontra no córner oposto aos deputados estaduais afastados por desviarem mais de R$ 300 milhões dos cofres públicos, conforme informações da Polícia Federal, durante a Operação Taturana e seus desdobramentos.

Os oposicionistas – que apontam à candidatura do deputado estadual Rui Palmeira (PR) para a presidência – temem “manipulações” – inclusive do regimento da Casa – para sustentar o “quadro insustentável” e que anda em desacordo com a vontade popular, como se pôde perceber nas últimas manifestações, que tomaram conta do prédio sede da Assembleia Legislativa.

O deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), defende que a eleição só ocorra depois da destituição – mais uma vez – do deputado afastado Antônio Albuquerque (sem partido). Para Paulão, é uma forma sóbria de acabar com as “precariedades”. Enquanto isto, a Assembleia Legislativa segue manca e com mais despesas do que o previsto, já que paga salário até para os afastados pela Justiça e para os parlamentares que possuem cadeira, mas – diante da ausência de atividade parlamentar – são tomados pela improdutividade.

O que a Assembleia Legislativa produziu em 2009? Bem, seria um equívoco responder “NADA”, pois na arte de produzir escândalos, os nobres parlamentares continuam em plena atividade…

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