Luis Vilar
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
A sabatinada do atual governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) reuniu muitos correligionários, na manhã desta terça-feira, 20. Vilela falou sobre um dos pontos que tem sido muito batido em sua administração, inclusive alvo de críticas de adversários: os alarmantes números de homicídios registrados, sobretudo na capital alagoana.
Ontem, Jefferson Piones (PRTB) havia tirado uma “casquinha” nas críticas, afirmando que era um “erro trazer gente de fora para resolver o problema”. Ronaldo Lessa (PDT) também já foi incisivo em relação aos números e Fernando Collor (PTB) afirmou que os bandidos sentirão a mão pesada dele, caso eleito.
Vilela mostrou números de viaturas e equipamentos comprados. Segundo ele, 15 toneladas de equipamentos e 400 viaturas. Quanto aos homicídios, o governador reconhece que o índice assusta, mas afirma que há uma diminuição ano a ano. O fato é que a redução ainda é muito tímida e longe do que se espera. Em 2009, foram registrados mais de dois mil mortes, a grande maioria delas ligadas ao tráfico de drogas.
O governador também afirmou a redução dos crimes de mando, uma tradição história de Alagoas, desde o Sindicato do Crime, passando pela gangue fardada e pelos grupos de extermínio, quase sempre – como mostram investigações policiais – ligados a políticos e figurões. Vilela disse que eles vêm sendo investigados doa a quem doer. É uma pena que, mesmo diante da redução constatada, ainda haja, por exemplo, um “Caso Fábio” em Alagoas, cujas investigações parecem “adormecidas”
A violência ainda é um desafio para qualquer que seja o futuro governador. A mudança não pode ser tímida. Experiências como a polícia comunitária precisam – urgentemente – serem expandidas para demais comunidades do Estado. Há necessidade também de políticas efetivas e concretas no combate ao tráfico de drogas, por várias vertentes. Não apenas as que se resumem a ostensiva presença policial, com repressão e prisão; mas aquelas que dão perspectivas a juventude.
Pela forma como o crack tem entrado no interior do Estado (Maceió já nem se fala!) e os homicídios estão cada vez mais associados a este tipo de droga, faz-se necessário vê-la como uma questão de polícia, Educação e Saúde Pública. Pensar assim, talvez ajude a mudar os índices com uma maior celeridade. No mais, trago outros pontos ressaltados na entrevista em matéria no corpo do Alagoas24Horas, na editoria de política.