Segundo OAB, 161 mulheres foram assassinadas em 2011; 21 em 2012

Gilberto Irineu apresenta relatório sobre a violência contra o Idoso
Gilberto Irineu apresenta relatório sobre a violência contra o Idoso

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Gilberto Irineu, apresentou na manhã desta terça-feira, dia 6, um relatório sobre os assassinatos registrados no ano de 2011 e nos meses de janeiro e de fevereiro de 2012.

Segundo Irineu, o relatório tem como base dados da Secretaria de Defesa Social (Seds), Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods) e os dados compilados pela própria OAB.

A comissão afirma que em 2011, 161 mulheres foram assassinadas em todo o estado, sendo 61 na capital alagoana e 100 no interior do estado. As cidades que mais registraram violência contra a mulher foram, em quantidade de crimes, Maceió, Arapiraca, Penedo, Pilar e Marechal Deodoro.

Ainda de acordo com os dados compilados pela comissão, as mulheres mais vulneráveis estão na faixa entre os 26 a 49 anos, com 70 homicídios registrados. As principais motivações são resistência à separação, ciúme por suspeita de adultério, vingança e drogas. Na prática, a violência contra a mulher está intimamente ligada a motivações passionais.

O relatório também aponta que 101 assassinatos foram cometidos por arma de fogo, 28 por arma branca, 13 por pauladas ou cacetadas, dez por esganadura e nove cujas causas são indeterminadas, uma vez que foram encontradas apenas as ossadas.

Com relação à desova dos corpos, Gilberto Irineu avalia que os pontos mais recorrentes são canaviais próximos a usinas e margens de rodovias federais ou estaduais.

Com relação aos dados registrados nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, a Comissão afirma que foram contabilizados 21 assassinatos, sendo sete em Maceió e 14 no interior do Estado. A média já se apresenta maior que no mesmo período de 2011, quando foram assinalados 16 homicídios contra mulheres.

Irineu fez questão de ressaltar que com relação à segurança, há pouco a se comemorar no que diz respeito a políticas públicas que resguardem as mulheres, sobretudo aquelas em vulnerabilidade social.

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