Ferrari perde a primeira batalha.

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O Tribunal de Grande Instância de Paris negou nesta quarta-feira os argumentos da Ferrari e considerou improcedente a ação que a equipe italiana movia contra a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A Ferrari questionava a imposição da entidade de limitar o orçamento das equipes para 40 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 126,4 milhões) na próxima temporada.

As duas partes foram ouvidas nessa terça-feira por mais de quatro horas na capital francesa, mas o juiz Jacques Gondrand de Robert não aceitou os argumentos dados pela Ferrari. "Não há risco ou qualquer perigo iminente que deve ser prevenido ou obviamente uma irregularidade que deve ser evitada", afirmou o magistrado.

Agora, a expectativa é saber qual será o próximo passo da Ferrari, pois a equipe já divulgou que não pedirá sua inscrição na Fórmula 1 em 2010, caso o limite de teto orçamentário seja mantido. As equipes da Toro Rosso, Red Bull, Renault e Toyota também divulgaram que não aceitarão a nova regra da FIA.

As escuderias questionam principalmente o fato de a entidade impor restrições a quem não cumprir o teto orçamentário e liberar vários itens para quem seguir o valor exigido. A FIA divulgou em 30 de abril que as equipes que respeitarem o teto terão motores sem limite de giros, poderão usar asas dianteira e traseira com materiais ajustáveis, realizarão testes ilimitados fora do período de competição e também não terão restrições nos trabalhos feitos no túnel de vento dentro da fábrica.

Além dos cinco times "rebeldes", os outros cinco participantes da F-1 atualmente (McLaren, BMW, Force India, Williams e Brawn GP) fizeram críticas à proposta da FIA, mas evitaram falar em saída da categoria. Os três últimos, inclusive, declararam ter interesse em seguir o teto, pois alegam não ter condições de permanecer na Fórmula 1 sem este limite, mas contestam os privilégios dados, que as equipes consideram transformar a F-1 em duas divisões.

Ao mesmo tempo, nove equipes já confirmaram o interesse de entrar na categoria com a nova regra. Nesta quarta-feira, o site da revista Autosport divulgou que as equipes Epsilon Euskadi, Ray Mallock Limited, Wirth Research e Campos Racing planejam solicitar suas inscrições na F-1 em 2010.

Os quatro times juntam-se a Lola, USF1, Formtech e iSport, que comunicaram oficialmente a intenção de entrar na principal categoria de automobilismo. A inglesa Litespeed, que disputa a Fórmula 3 inglesa, é outra que pode entrar. As inscrições serão feitas entre 22 e 29 de maio, e a FIA já anunciou que o grid será limitado a 13 equipes no próximo ano.

Horas antes de ser divulgada a decisão na corte francesa, a Ferrari divulgou um comunicado em seu site oficial ironizando as novas "participantes" da F-1. "Wirth Research, Lola, USF1, Epsilon Euskadi, RML, Formtech, Campos e iSport: estes são os nomes das equipes que podem competir nas duas divisões da Fórmula 1 pretendidas por Mosley. É possível um Mundial com equipes como essas ter o mesmo valor da atual Fórmula 1?", questionou a equipe.

"Não seria mais apropriado chamá-la de Fórmula GP3?", completou a Ferrari, referindo-se ao fato de algumas das pretendes disputarem as categorias menores do automobilismo, caso da GP2 (Campos e iSport) e Fórmula 3 Inglesa (Litespeed e Epsilon).

Segundo a FIA, caso aconteça o boicote os cinco "rebeldes" (Ferrari, Renault, Toro Rosso, Red Bull e Toyota) só teriam chance de entrar na F-1 em 2010 se comprassem as equipes que solicitarem as inscrições no prazo legal.

Fonte: UOL

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