Button vence mais uma, Barrichelo é o segundo.

O domínio de Jenson Button e da Brawn GP continuou no Grande Prêmio de Mônaco, e o inglês venceu de ponta a ponta para alcançar a sua quinta vitória em seis corridas. Com a segunda posição de Rubens Barrichello, a equipe obteve a segunda dobradinha consecutiva e a terceira do ano. E a Ferrari, finalmente, mostrou sinais concretos de recuperação e chegou pela primeira vez ao pódio na temporada, conquistando a terceira e a quarta posição, com Kimi Räikkönen à frente de Felipe Massa.

Button fez valer a vantagem da pole, evidente no sinuoso circuito de Mônaco, mas que não vinha sendo aproveitada. Nas últimas dez corridas em Monte Carlo, somente três pilotos venceram de ponta a ponta. O inglês abriu diferença de 16 pontos para Barrichello na classificação.

Com a vitória, além de disparar na liderança do Mundial, Button igualou o feito de grandes campeões da Fórmula 1. Além dele, poucos pilotos venceram cinco das seis primeiras provas da temporada: Michael Schumacher, Nigel Mansell, Jackie Stewart, Jim Clark e Juan Manuel Fangio.

"Dizia que o fim de semana não era especial, era uma forma de tirar a pressão dos ombros. Sofremos um pouco no começo dos treinos, o que torna o sabor ainda mais especial. Essa vitória significa muito. Queria vencer, pois essa vitória entra para a história do piloto e da equipe", declarou Button.

Rubens, que saiu em terceiro, largou bem e logo tomou a segunda posição de Kimi, mas não pôde com a boa fase de Button e não conseguiu quebrar o jejum brasileiro em Monte Carlo, que já dura 16 anos, desde que Ayrton Senna venceu no principado em 1993.

"Estou muito feliz. Consegui um ótimo acerto no fim de semana, mas a classificação poderia ter sido melhor. Estou contente em marcar uns pontinhos, e agora sigo em busca da vitória que certamente deve acontecer", comentou Barrichello.

Felipe Massa mostrou agressividade e aproveitou ao máximo a evolução do carro da Ferrari, que desde os treinos já demonstrava ter deixado a má fase para trás. O brasileiro fez a sua melhor corrida do ano e somou pontos pela segunda prova consecutiva.

"Foi uma corrida super forte, onde a gente mostrou um ritmo muito bom, enquanto tínhamos ainda condições de virar rápido. Lutei do começo até o final e fiz a melhor volta da corrida", lembrou Massa, que anotou 1min15s154 em seu melhor giro.

Já Nelsinho Piquet foi prejudicado por Sebastien Buemi e abandonou logo no início. "No começo, fiquei extremamente chateado, puto, pra matar ele. Mas ele teve coragem de vir pedir desculpa, e foi uma coisa boa. Foi um erro de principiante, mas ele foi gente grande em admitir o erro", lamentou o brasileiro.

A prova

Rubens aproveitou a má largada de Kimi e pulou para o segundo lugar, enquanto Massa era fechado por Vettel e perdia posição para Rosberg. Mas o brasileiro da Ferrari atacou o alemão e recuperou o quinto posto.

Lewis Hamilton, que largou em último lugar por causa da troca de câmbio, aproveitou que Timo Glock saiu dos boxes e também largou bem, passando Trulli e Kubica. O inglês terminou na 12ª posição.

Hamilton por pouco não abandonou a prova após se enroscar com Heidfeld. "Estava pensando em um dos filmes do Rocky quando ele diz: ‘Quero ver o fim da luta’, e fui até a bandeirada acelerando o quanto eu podia durante a corrida",
revelou o inglês.

Logo na sexta volta, Massa aproveitou o bom desempenho da Ferrari e atacou Vettel. Só não ultrapassou por falta de espaço na chicane. O brasileiro passou direto, e teve que frear para devolver a posição. Rosberg aproveitou e tomou a posição de Felipe.

Vettel teve problemas com os pneus e atrasou todos que estavam atrás dele. Na décima volta, precisou ir para os boxes. Ao mesmo tempo, Buemi bateu em Nelsinho e saiu da prova. O brasileiro ainda conseguiu voltar, mas teve o carro danificado e se recolheu.

"É nisso que dá colocar pilotos novos na Fórmula 1, que não têm experiência suficiente. Em Mônaco, mesmo com um carro mais lento na sua frente, tem que tomar cuidado. Ele me deu uma porrada que quase machucou meu pescoço", disparou Nelsinho em entrevista à Globo.

Nesta altura da corrida, Barrichello teve problema parecido com o de Vettel e diminuiu o ritmo. Rosberg e Massa, enquanto isso, se alternavam na volta mais rápida. Rubens, mais lento que Räikkönen, atrasou o finlandês, que foi o primeiro do pelotão da frente a ir para os boxes.

Na 16ª volta, Vettel bateu e causou a bandeira amarela, mas o Safety Car nem chegou a entrar. Barrichello aproveitou e foi para os boxes, conseguindo voltar à frente de Räikkönen. Em seguida, foi a vez de Button, que retornou para a ponta e abriu 16 segundos à frente do pelotão guiado por Rubens.

Massa voltou mais rápido que Rosberg e assumiu a quarta colocação. Após a segunda série de paradas, o pelotão dos quatro primeiros se manteve, e Button cruzou a linha de chegada sem sustos em primeiro lugar. Massa terminou em quarto e com a volta mais rápida, de 1min15s154.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos