Bispo Filho
Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.
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Peço licença a vocês para que possamos elevar nossos pensamentos a Deus e pensar “no adicto (dependente químico) que sofre lá fora, nas garras da adicção ativa (usando drogas), para que não morra sem antes conhecer as graças da recuperação”.
Esta frase é repetida muitas vezes ao dia, antes de cada oração da Serenidade, que é feita no início e no fim de cada reunião de cada Grupo de Narcóticos Anônimos ao redor do mundo. Esta frase devia estar na cabeça e ser o pensamento número um de quem se preocupa com o problema da dependência química, seja esta pessoa um profissional da saúde ou assistência, um familiar, um amigo e principalmente dos gestores públicos aos quais cabe maior responsabilidade pela causa.
O 26 de julho não é um dia de festa, é um dia de luta e de reflexão. Não dá mais para admitir que o dependente químico seja tratado como uma coisa, um objeto político que dá muitos votos, nem como apenas um resultado negativo de erros de políticas sociais, muito menos como o responsável pela criminalidade e violência que acontece ao nosso entorno. O preço que estão pagando por isso está alto demais, pagam com a miséria de uma vida vazia e com a própria vida, e o pior é que existem em nosso País políticas de manutenção desta condição do usuário de drogas, que se tornou uma marionete na mão de gestores inescrupulosos e políticos desumanos, que lucram de alguma forma com esta situação.
Pensar naquele que sofre, para mim é a solução, pois com este pensamento podemos minimizar e quem dera acabar com este sofrimento social que vemos todos os dias nas mídias sociais e de comunicação de massa, estamos vivendo um momento de achismos, onde a opinião de quem tem poder social, financeiro ou político, valem mais que a opinião de profissionais, porque a sociedade não quer saber que “um drogado sofre”.
Precisamos nos unir, independente do que nos leve a divergências, por esta causa necessária e primária nos dias de hoje, precisamos salvar estas vidas de nossos filhos e irmãos jogados à própria sorte usando drogas e trazê-los junto a nós para ser mais um nesta luta. Precisamos de Políticas Públicas Sobre Drogas e não políticas eleitoreiras, precisamos dar voz e vez aos profissionais que estudam, pesquisam e trabalham arduamente sem apoio, precisamos de locais para tratar com dignidade e respeito estes portadores desta doença da dependência química, e oportunizar o retorno daqueles que se recuperam ao nosso meio social, não como um herói desempregado e incapaz, mas como um homem que superou uma doença e merece uma nova chance.
Tezto : Danilo Della Justina – Psicólogo CRP 15/2070