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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

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Criança não namora, nem de brincadeira! Texto de Joelma Nunes, Psicóloga.

A Campanha lançada pela Secretaria de Assistência Social do Amazonas, no último dia 5 de abril, contra a erotização precoce das crianças, trabalha com slogan “Criança não namora, nem de brincadeira”.

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O tema, foi alvo de várias discussões durante a semana, e conquistou milhares de famílias, professores e profissionais, que lidam diretamente com o universo infantil. É preciso compreender, que o desenvolvimento infantil é um grande e importante processo, onde etapas devem ser seguidas com cuidado e afeto. Qualquer tentativa de interromper esse ciclo, pode acarretar sérios prejuízos em sua vida adulta.

Criança não namora, ela tem amigos. Sua estrutura, ainda não permite compreender o que é um namoro. Com certeza, terá mais afinidade com alguns amigos do que outros, o que levará a uma maior convivência, o que não quer dizer, que haja um interesse sexual.

Erotização precoce, nada mais é, do que inserir o mundo sexual adulto, na vida da criança. Acionar os impulsos sexuais antecipadamente, faz com que a criança não desenvolva assertivamente, suas emoções e afetividade. É necessário criar uma base sólida, para que no momento oportuno, ela possa assimilar suas relações sociais, dando sequência aos seus processos cognitivos. O apelo midiático e das redes sociais, contribuem fortemente nesse problema. Formas de vestir e comportamento, são ditados por esses meios, desconsiderando as necessidades infantis.

Além dos prejuízos citados aqui, a criança também acaba sendo exposta a exploração sexual infantil, um problema grave, que vem aumentando em todo país. As “pequenas mulheres” e “pequenos homens”, são alvos fáceis, desse tipo de crime.

Com a Ansiedade desmedida, do mundo moderno, o Brincar, tem sido roubado da infância.  Para Vygotsky, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade. Durante as brincadeiras, a criança desenvolve sua imaginação, enfrenta desafios e supera limitações.

Por essa razão, pais, educadores e demais envolvidos no desenvolvimento infantil, devem se informar com clareza, escutar seus pequenos e estarem atentos as suas mudanças e necessidades.

Que adultos estamos preparando, para o futuro?

Não se trata de repressão, ou puritanismo. Estamos falando sobre Cuidado, Respeito e Amor. Vygotsky coloca aquele que aprende e aquele que ensina numa relação interligada, como um pressuposto da relação eu-outro social.

Portanto, vamos evitar queimar etapas, cada coisa em seu tempo.

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Psicologa Joelma Nunes

Autora do texto

 

 

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