Em depoimento, Karollyne afirma que o casal não sabia se militares eram de fato da polícia
A namorada do corretor Agnaldo Vasconcelos, autor dos disparos que matou o capitão Rodrigo Rodrigues, disse em depoimento na audiência desta sexta, dia 10, que o casal enfrentou dúvidas quanto à chegada da polícia à casa do namorado, no dia da morte.
Karollyne Monteiro de Almeida disse que, inicialmente, os militares informaram ser segurança do condomínio e que posteriormente foram agressivos, ordenando que a porta fosse aberta. “A todo momento a gente tinha dúvida se realmente se tratava de polícia, porque quando [a polícia] chegou à casa, se identificou como sendo segurança do condomínio por diversas vezes”, relembrou.
Karollyne foi a segunda testemunha a depor. A primeira foi um vizinho de Agnaldo, que afirmou que não ter visto a chegada dos policiais à casa porque estava dormindo e que foi despertado pelos tiros e posteriormente pelos gritos de pedido de socorro.
A defesa de Agnaldo Vasconcelos está sendo conduzida pelos advogados Joanísio Pita de Omena Júnior e Ricardo Lôbo Ramires Malta. Pelo Ministério Público, atua o promotor José Antônio Carlos Malta Marques. O assistente de acusação é o advogado Welton Roberto.
Audiência pode não terminar hoje
O juiz Geraldo Amorim ressaltou que está fazendo o possível para garantir a celeridade do processo. “São muitas testemunhas e como eu não posso cercear as partes de perguntarem eu tenho que deixar os depoimentos fluírem. Pretendo que termine hoje, mas não sei se teremos condições. Por isso já pedi às partes que fossem objetivas”, explicou.
A audiência foi iniciada em 27 de janeiro, quando foram ouvidas as testemunhas indicadas pelo Ministério Público de Alagoas. Estão sendo ouvidas as testemunhas arroladas pela assistência de acusação e a defesa. Em alguns casos, por ambas as partes.
Matéria referente ao processo número: 0700259-57-2016.8.02.0067
