A Polícia Civil investiga as causas e eventuais responsabilidades pelo incêndio que. atingiu, na quinta-feira (25), obras de arte de diversos artistas e galerias que estavam guardadas num galpão em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
Um morador da região gravou o momento a fumaça que saía do local. Nenhuma pessoa ficou ferida, segundo o Corpo de Bombeiros que conseguiu apagar o fogo. Ao menos três galerias tinham obras no local.
O que o galpão diz
O grupo Alke Logística, proprietário do lugar, informou por meio de nota que “estava em dia com o auto de vistoria do Corpo de bombeiros, licença que comprova que o estabelecimento está seguro”.
A empresa informou ainda que, como estava de mudança dali, havia transferido cerca de 60% do acervo para outro local. E que ainda contabilizava o prejuízo para saber quantas obras, e de quais artistas, foram danificadas ou destruídas pelas chamas.
“A documentação do imóvel estava toda em dia”, afirmou o advogado Bruno Araújo, que representa a Alke Logística. O grupo informou também que todos os clientes foram informados sobre o ocorrido. Não há estimativa sobre o valor das obras atingidas pelo incêndio.
Registro policial e artista
De acordo com o boletim de ocorrência do caso, prestadores de serviço informaram que, ao abrirem o portão, sentiram “forte calor” e então “avistaram um incêndio de médio porte”, aparentemente, iniciado na “parte superior do armazém”. E relatou que as paredes e o teto ficaram com “danos severos” na estrutura. E que todos os itens no local foram “destruídos” pelo fogo
“Tem algumas coisas minhas que eu acredito que tenham estado lá, mas aí também é muito cedo para [saber] se essas obras foram destruídas ou não”, falou o artista plástico Vik Muniz.
“Se eu tiver que refazer as coisas, eu vou refazer, mas, para artistas que já morreram, você tem uma perda que não é só para a galeria, para o espólio do artista, para as pessoas que ainda trabalham para as fundações que trabalham para esses artistas, mas é uma perda geral para a a cultura porque é um patrimônio material cultural que está perdido”, falou o artista.
Galerias e obras
Entre as galerias que tinham obras guardadas no galpão estão a Nara Roesler e a Luisa Strina.
“Estamos realizando um levantamento completo das obras atingidas. É um processo longo, porém necessário, para termos uma avaliação precisa do acontecimento”, informou a Galeria Nara Roesler.
“Lamentamos muito o acidente que ocorreu ontem [na quinta]. A galeria se solidariza com a população, os artistas e galerias diretamente afetadas, os amigos e parceiros da Alke”, informou a Galeria Luisa Strina.