A matemática dos favoritos

Não importa a modalidade, sempre existirá um favorito. Todas as competições esportivas, individuais ou coletivas, têm uma lista de candidatos ao título, tudo isso, antes mesmo de começarem. Por exemplo, todo Grand Slam de tênis tem dois nomes que saem sempre na frente: Rafael Nadal e Novak Djokovic. Isso significa que eles vencerão? Não, no entanto, nos dois torneios disputados em 2022, o Australian Open e Roland Garros, o tenista espanhol saiu vencedor. 

Apontar um possível ganhador é algo totalmente natural, torcedores e especialistas projetam o resultado final antes mesmo da peleja começar. Por parte dos apaixonados, a missão de apontar um campeão que não seja o time do coração ou atleta predileto é um martírio e, exatamente por esse motivo, os setores que vivem de projetar resultados, como as apostas online, contam com especialistas no assunto para essa árdua tarefa.

No mundo das apostas sempre existiu um favorito, ainda que esse possa ser o “empate” (nos esportes que contam com essa possibilidade). Nos tempos pré-internet era mais difícil fazer o cálculo, porém, com o universo online, projetar o vencedor tornou- se uma tarefa um pouco menos difícil para as casas de apostas, dada a quantidade de informação disponível.

No Brasil, esse mercado tem crescido substancialmente. Nos últimos anos, empresas especializadas chegaram ao país e elevaram o nível do setor. Se antes os palpites eram essencialmente focados no futebol nacional, atualmente é possível fazer aposta esportiva em uma infinidade de outras modalidades, como basquete, tênis, voleibol, Fórmula 1, UFC e, até mesmo, em esportes de inverno. 

Com essa ampla gama de opções, como é definido o valor das odds? Antes de seguir, é preciso explicar que esse termo em inglês é utilizado para indicar a cotação de uma aposta. Quanto menor o número, mais favorito o time é e quanto maior mais improvável é a sua vitória. Seguindo com o cálculo, o mercado se profissionalizou e cresceu em oferta e demanda. Por esse motivo, as casas de apostas contam com um time para estudar cada competição.

A equipe é composta por matemáticos e jornalistas especializados que contam com a ajuda de ferramentas tecnológicas. Um software auxilia a compilar os dados, analisar o retrospecto de cada atleta, projetar as escalações dos times e elaborar a média do estado de forma de cada competidor. Antes de chegar aos olhos dos apostadores, as odds sempre passam por uma análise detalhada, sendo vistas e revistas antes de sua publicação.

As odds são infalíveis?

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Por mais estudadas e analisadas que sejam as projeções das casas de apostas, o esporte conta com um tempero que torna tudo mais emocionante: a imprevisibilidade, ou como conhecemos aqui no Brasil, a “zebra”, que nada mais é do que aquele time inesperado, ou esportista desconhecido, que rasga as previsões e desbanca os favoritos.

Bons exemplos não faltam, um deles é a seleção argentina de basquete que ganhou o ouro nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, após eliminar a seleção americana, que contava com LeBron James, Tim Duncan e Allen Iverson. Os argentinos venceram os americanos na semifinal e, em seguida, derrotaram a Itália na finalíssima. Nessa lista também cabe o inesquecível Leicester City, que venceu a Premier League de 2016. Naquela temporada, as odds eram 1/5.000, isso significa que para cada libra apostada nos Foxes seriam pagas cinco mil ao felizardo apostador.

No futebol existem muitas histórias surpreendentes, começando pelo Mundial de Clubes. A competição que reúne os campeões continentais de todo o mundo costuma terminar com um duelo entre Europa e América do Sul, no entanto, algumas equipes brasileiras já decepcionaram e ficaram pelo caminho. Esse é o caso do Internacional, que em 2010, foi derrotado pelo desconhecido Mazembe e, de quebra, ainda teve que aturar a comemoração inusitada do goleiro Kidiaba. 

Por mais que resultados inesperados aconteçam, não é comum que as odds errem a previsão dos eventos que decorrem em uma partida ou no campeonato inteiro. O mercado de apostas online segue em desenvolvimento no Brasil, os apostadores também estão aprendendo mais e a qualidade dos palpites aumentando progressivamente.

Fonte: Max Pires

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